sábado, 18 de agosto de 2012

ONU e Governo Federal debatem Interseccionalidade de Gênero, Raça e Etnia

Seminário em Brasília pretende identificar inovações, potencialidades e desafios em políticas públicas promovidas em conjunto pelas agências da ONU, Governo Federal e sociedade civil, no âmbito do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia. De hoje até amanhã (17) gestores públicos, equipes técnicas das Nações Unidas e representantes da sociedade civil terão a oportunidade de debater, trocar experiências e delinear possibilidades programáticas e de gestão conjunta sob a ótica das políticas inovadoras, no seminário "Interseccionalidade de Gênero, Raça e Etnia: o trabalho conjunto na elaboração e implementação de políticas públicas", na sede da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM), em Brasília. O gerente de projetos da Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiz Barcelos, destacou na abertura do evento que as iniciativas dos programas nessa área trazem grande aprendizado e contribuem para afinar o trabalho dos setores envolvidos, o que considera "fundamental para o sucesso das metas do Plano Plurianual de Investimentos [PPA], programado para 2012-2015, de forma a afetar positivamente a vida das pessoas". Para a representante da SPM, Sônia Malheiros "não há como chegar à igualdade sem enfrentar as diferenças do gênero e raciais". E, alertou que "não adianta [ter] só intenções, mas é preciso também [ter] recursos para que as políticas públicas necessárias para o estabelecimento da igualdade sejam implementadas". Já o coordenador residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, avaliou que o país obteve conquistas importantes no enfrentamento à pobreza, mas precisa combater as desigualdades raciais e de gênero para continuar avançando. Segundo o coordenador, o Brasil "fez um novo milagre no século 21 ao elevar à classe média 40 milhões de pessoas e fazer ainda grande redução da pobreza, com a melhora dos indicadores globais de políticas sociais". Mas Chediek ponderou que esses avanços "ainda ocultam grandes problemas relacionados ao secular padrão de discriminação de gênero, raça e etnia que existem no Brasil e que não podem ser solucionados só por ação ministerial ou de governo, mas que requerem mudança cultural com a participação ativa da sociedade". Para ele, a discriminação de gênero e raça no Brasil "é inimiga do próprio progresso do país, por isso tem que ser combatida". Com informações da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e da Agência Brasil

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