sábado, 31 de janeiro de 2015

REVOLTA DOS MALÊS

Motim de islamitas na Bahia completa 180 anos Diz-se que, para o muçulmano, Deus se revela pelas letras. É também através de sinais gráficos " unidos em palavras em português, inglês e sinais árabes desenhados com esmero " que estudiosos têm se debruçado recentemente sobre a Revolução dos Malês. O movimento de negros muçulmanos em Salvador, que completa 180 anos neste dia 25 de janeiro, pretendia impor a libertação dos escravos e tomar o poder local. Tendo ocorrido na capital baiana, um dos mais importantes centros do país à época, o levante ganhou repercussão em jornais brasileiros e estrangeiros. Liderado por homens que se distinguiam dos demais escravos por motivos religiosos e consequente domínio da escrita e da leitura, ficou registrado também em documentos escritos pelos próprios malês, expressão derivada de imalê, que, na língua iorubá, significa muçulmano. Livros, amuletos e pequenos pedaços de papel que continham palavras escritas em árabe foram apreendidos com os revoltosos. Enciclopédia Nordeste: Revolta dos Malês - http://goo.gl/ap08fKONordeste Portal 25 de janeiro às 07:07 · Curta a Fanpage do portal www.onordeste.com www.facebook.com/onordeste.portal

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver

Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver acontecerá, em 18 de novembro de 2015, em Brasília O Comitê Nacional Impulsor da Marcha de Mulheres Negras 2015, reunido em Brasília nos dias 10 e 11 de janeiro, definiu a alteração de data de realização da Marcha das Mulheres Negras 2015 contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver para 18 de novembro de 2015, na capital federal. A mudança de data é decorrente da avaliação das organizações que integram o comitê nacional sobre:  o recrudescimento do racismo e sexismo e o avanço de forças conservadoras e neoliberais no Estado e na sociedade civil;  a composição de uma agenda contínua de enfrentamento à violência racial e patriarcal em todos os espaços que se façam necessários com respostas contundentes e sistemáticas do movimento de mulheres negras em âmbito local, regional e nacional;  novas interlocuções políticas que demandam novas estratégias de combate ao racismo e ao sexismo. Frente a esse quadro político, incorporou-se à Marcha a seguinte agenda de mobilização, nos municípios e nos estados, de Março a Novembro de 2015:  8 de Março: Dia Internacional da Mulher.  21 de Março: Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.  27 de abril: Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica.  13 de Maio: Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo.  25 de Julho: Dia da Mulher Afrolatinoamericana e Afrocaribenha.  18 de Novembro: Marcha das Mulheres Negras 2015, em Brasília.] No mesmo encontro, o Comitê Nacional assumiu o caráter executivo, sendo composto por: Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Associação das Pastorais Negras (APNs), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Fórum Nacional de Mulheres Negras, Movimento Negro Unificado (MNU) e União de Negros pela Igualdade (Unegro). Comitê Nacional Impulsor da Marcha das Mulheres Negras 2015 contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver Contatos: marchanegras2015@gmail.com e facebook.com/marchamnegra Esse post foi publicado em Notícias e marcado marcha, mobilização, mulheres negras por marcha de mulheres negras.

Proporção de casos de AIDS notificados no Sinan por raça/cor e ano de diagnóstico. Brasil, 2002 a 2011

Proporção de casos de AIDS notificados no Sinan por raça/cor e ano de diagnóstico. Brasil, 2002 a 2011 As notificações com relação à raça/cor, excluídos 8,3% de casos com campo ignorado, 49,7% dos casos notificados no Sinan no ano de 2011 são em brancos, 10,7% em pretos, 0,5% em amarelos, 38,8% em pardos e 0,3% em indígenas. Segundo os sexos, excluídos 8% de casos com campo ignorado, no ano de 2011, 50,6% dos casos notificados entre os homens são em brancos, 9,8% em pretos, 0,5% em amarelos, 38,7% em pardos e 0,3% em indígenas. Entre as mulheres, excluídos 8,9% de casos com campo ignorado, 47,9% dos casos são em brancas, 12,3% em pretas, 0,5% em amarelas, 39% em pardas e 0,3% em indígenas. Nos últimos 10 anos, observa-se uma diminuição de cerca de 18% na proporção de casos de AIDS na raça/cor branca, de 12% na amarela e 6,6% na preta, sendo que na raça/cor parda e indígena observa-se aumento de 42% e 60%, respectivamente. Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Nota: Casos notificados no Sinan até 30/06/2012.

Você sabe qual é a importância da cultura negra para a história do Brasil?

10/12/2014 - 14h51 - Davi de Castro Blog A partir da metade do século 16, os africanos chegaram ao Brasil para trabalhar como escravos. Com eles, vieram os costumes, as religiões, as tradições, uma cultura forte e diferente das que já estavam aqui, vindas dos europeus e dos índios. A união e a mistura de todos esses elementos deram origem à identidade brasileira. As contribuições da cultura de origem africana para a construção da personalidade brasileira são inegáveis. Elas estão em toda parte. Música: Além do samba, que é o estilo brasileiro mais famoso no mundo, outros ritmos também vieram da mãe África: Maracatu, Congada, Cavalhada, Moçambique. Além disso, muitos instrumentos musicais: afoxé: tipo de chocalho feito com uma cabaça e uma rede de miçangas; agogô: cones de metal tocados com uma baqueta; barimbau; caxixi: cesto de vime em forma de chocalho encerrado no fundo uma cabaça com sementes; atabaque: tambor alto; cuíca: parecido com tambor, mas com uma varinha encostada à pele, que fricciona produzindo som; djembe; ganzá e muitos outros. Culinária: Ingredientes como o leite de coco, a pimenta malagueta, o gengibre, o milho, o feijão preto, as carnes salgadas e curadas, o quiabo, o amendoim, o mel, a castanha, as ervas aromáticas e o azeite de dendê não eram conhecidos nem usados no Brasil antes da chegada deles. Muitos pratos conhecidos e apreciados aqui vieram de lá: vatapá, o caruru, o abará, o abrazô, o acaçá, o acarajé, o bobó, os caldos,o cozido, a galinha de gabidela, o angu, a cuscuz salgado, a moqueca e a famosa feijoada. E os doces? Canjica, mungunzá, quindim, pamonha, angu doce, doce de coco, doce de abóbora, paçoca, quindim de mandioca, tapioca, bolo de milho, bolinho de tapioca entre outros. Saiba um pouco mais sobre alguns pratos: Abará: Bolinho feito com massa de feijão-fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e azeite-de-dendê, camarão seco, inteiro ou moído e misturado à massa, que é embrulhada em folha de bananeira e cozida em água; Acaçá: Bolinho feito de milho macerado em água fria e depois moído, cozido e envolvido, ainda morno, em folhas verdes de bananeira; Ado: Doce de origem afro-brasileira feito de milho torrado e moído, misturado com azeite-de-dendê e mel; Aluá: Bebida refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxi fermentados com açúcar ou rapadura, usada tradicionalmente como oferenda aos orixás nas festas populares de origem africana; Quibebe: Prato feito de carne-de-sol ou com charque, refogado e cozido com abóbora; Acarajé: Bolo de feijão temperado e moído com camarão seco, sal e cebola, frito com azeite de dendê; Mungunzá: Feito de milho em grão e servido doce (com leite de coco) ou salgado com leite; Vatapá: Papa de farinha-de-mandioca com azeite de dendê e pimenta, servida com peixe e frutos do mar Religiões: Na África, há muitas religiões diferentes. Antes de vir para cá, cada um seguia a religião de sua família, clã, ou grupo. Mas quando chegaram aqui, os escravos foram separados de seus parentes e pessoas próximas. Por isso, passaram a se reuniar com pessoas de outras etnias para realizarem os cultos secretamente. Para que todos pudessem participar, essas reuniões eram uma mistura de cada religião, com rituais e cultura unidos e partilhados. Daí surgiu o Candomblé. A crença nasceu na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral. A Umbanda, que também tem origens africanas, une práticas de várias religiões, inclusive a Católica. Ela se originou no Rio de Janeiro, no início do século 20. Tem muitas outras religiões de origem africana: Babaçu (PA); Batuque (RS); Cabula (ES, MG, RJ e SC); Culto aos Egungun (BA, RJ e SP); Culto de Ifá (BA, RJ e SP) Macumba (RJ), Omoloko (RJ, MG, SP), Quimbanda (RJ, SP), Tambor-de-Mina (MA), Terecô (MA), Xambá (AL, PE), Xangô do Nordeste (PE), Confraria, Irmandade dos homens pretos, Sincretismo Artes marciais: A capoeira, uma mistura de dança e luta, foi criada pelos escravos como uma estratégia de defesa. Como os treinamentos de combate eram proibidos, os escravos que conseguiam fugir mas que eram recapturados ensinavam aos demais os movimentos. Embalados pelo som do berimbau, eles enganavam os capatazes, que achavam que estavam apenas dançando. Assim, eles treinavan nos engenhos sem levantar suspeitas. A capoeira só deixou de ser proibida no Brasil apenas na década de 1930. Em 1953, o mestre Bimba apresentou a arte ao então presidente Getúlio Vargas, que a chamou de “único esporte verdadeiramente nacional”. Língua: As línguas africanas exerceram tanta influência no modo de falar do povo brasileiro que a nossa língua já é considerada diferente do Português de Portugal. Na Bahia, são usadas cerca de 5 mil palavras de origem africana. A maior parte das palavras que enriqueceram o vocabulário brasileiro vêm do quimbundo, língua do povo banto. Na época da escravidão, o quibundo era a língua mais falada nas regiões Norte e Sul do país. (Fonte: Adriana Franzin - Portal EBC/Com informações de Portal Brasil, Brasil Escola, MPF, Entretextos)

sábado, 3 de janeiro de 2015

2 de janeiro - 300 anos de história

A igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, em pleno centro de São Paulo, é a terceira mais antiga do Brasil POR CLAUDIA CANTO Construída no período colonial, época em que havia sérias restrições para os negros que quisessem frequentar as igrejas dos "senhores brancos", a igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos foi fundada em janeiro de 1711, com a união de negros escravizados e alforriados, além de abolicionistas. No início, era uma construção simples no mais importante centro financeiro da cidade de São Paulo, o Largo do Rosário (hoje conhecido como Praça Antonio Prado), porém, com a urbanização, a igreja foi demolida e instalada, na época, em um local mais afastado do centro urbano, onde fica hoje o Largo do Paissandu, famoso por abrigar pessoas em situação de rua, prostitutas, além de ser palco de dezenas de intervenções culturais. Com o passar dos anos, a Irmandade se firmou com um grande centro de preservação da história e da riqueza cultural do povo negro. "A Irmandade desenvolve um trabalho de preservação da cultura negra. Afinal, foi neste espaço que nasceram os mais importantes eventos dedicados à comunidade negra: Bonequinha do Café, o famoso Clube Aristocrata, bailes, além do importante movimento político, intitulado: Frente Negra, o maior movimento político negro de São Paulo. Um de seus idealizadores, Justiniano Costa foi também juiz-provedor da Irmandade. A participação das mulheres, eleitas pelas mesas administrativas, exercendo o cargo de rainha e de juíza, foi um dos marcos revolucionários da participação feminina na história do Brasil", relata Jean Nascimento, presidente da Irmandade. ESPAÇO DE RESISTÊNCIA As Irmandades surgiram na Europa, ainda na Idade Média, e procuravam integrar a população de outras etnias ou classes desfavorecidas. Não é de se espantar que logo fosse formado no Brasil este tipo de associação, construída à margem do catolicismo, ao mesmo tempo em que os dogmas da igreja eram mesclados com os rituais de matriz africana, dando origem ao sincretismo religioso, que continua sendo praticado até os dias. Foi a solução encontrada para que os negros vivenciassem sua religiosidade. As Irmandades eram conhecidas por desempenhar um papel de apoio aos movimentos abolicionistas, a prática de compras de alforria era tema recorrente. Era uma porta aberta para os negros libertos promover a inclusão social, manifestar sua fé e resgatar um pouco da sua cultura. "Como naquela época continuamos desenvolvendo um trabalho de solidariedade aos que necessitam de apoio, mas, principalmente, preservamos a nossa história e a riqueza cultural. Nosso mural, com as fotos dos pioneiros, ajuda a manter vivos os 300 anos de nossa história. A capela é uma das que mais possuem imagens sacras, entre elas, a primeira imagem de Santa Edwiges trazida para o Brasil, no início do século 20", afirma Jean.A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos recebe pesquisadores, religiosos, pessoas de outras cidades, estados e do exterior interessados em conhecer o interior da igreja, que apresenta ainda uma variedade de detalhes nas pinturas das paredes, nas vestimentas e adornos dos santos, entre outras preciosidades. O local também serve de palco para algumas manifestações políticas e intervenções culturais da comunidade negra, como a que ocorreu em frente à estátua da Mãe Preta para denunciar e despertar reflexões sobre a condição da mulher negra na sociedade. Um cenário artístico foi montado aos pés do monumento e foram entoadas canções em homenagem a Iemanjá e Oxum. Em 20 de novembro, outro ato promete causar barulho no local. É a Marcha Noturna pela Democracia Racial, cujo percurso vai do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), terminando em frente à igreja.

Segure e lance

Segure e lance