sexta-feira, 29 de março de 2013

Disque Racismo DF recebe 124 ligações em 1º dia de funcionamento

SERVIÇO FOI LANÇADO NO DIA 20; CANAL RECEBE DENÚNCIAS DE DISCRIMINAÇÃO RACIAL. SEGUNDO A CODEPLAN, 53,5% DA POPULAÇÃO NO DF SÃO NEGROS OU PARDOS. O Disque Racismo do Distrito Federal, lançado na última quarta-feira (20), recebeu 124 ligações no primeiro dia de funcionamento, informa a Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal (Sepir-DF). As ligações para o Disque Racismo são tratadas de forma sigilosa. Quem liga recebe orientações, como a de sempre registrar ocorrência em caso de racismo ou injúria racial. A Sepir não soube informar quantas das ligações registradas no primeiro dia de funcionamento do Disque Racismo foram de denúncias. O Disque Racismo é um canal para realizar denúncias e buscar informações sobre discriminação racial. Embora o público prioritário seja de índios, negros, ciganos e quilombolas, qualquer pessoa pode entrar em contato e pedir orientações sobre o assunto. O serviço funciona pelo telefone 156, opção 7, das 8h às 19h, de segunda a sexta-feira. Nos outros horários dos dias úteis, fins de semana e feriados, uma gravação atende os cidadãos. Negros e pardos Dados da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), que gerencia o telefone 156, indicam que 53,5% da população no DF são de negros e pardos. A maior concentração de negros por região se encontra na Estrutural (76%) e as menores, nos lagos Sul e Norte (19%). "Essa diferença social por si só já é uma expressão do racismo existente na sociedade brasiliense", afirma. FONTE: g1 Postado por COORDENADORIA DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL

quinta-feira, 28 de março de 2013

Atendente é Indenizada por Discriminação Racial

Uma atendente receberá indenização de R$ 9,3 mil, por ter sido ofendida, em seu ambiente de trabalho, com discriminação racial por um cliente. Segundo o caso, a atendente, em 2008, sofreu discriminação racial em seu ambiente de trabalho depois que, apenas, pediu para o cliente aguardar a liberação da segunda via de um boleto. Irritado, o cliente afirmou que não iria aguardar, afirmando, ainda, que “nunca poderia ser bem atendido por uma crioula e agora que o Barack Obama venceu as eleições dos Estados Unidos, os negros estavam se achando”. A decisão, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - TJSP, reforçou que a forma como se portou o cliente afrontou nossa Constituição Federal, quanto à repudia ao racismo e aos direitos básicos do cidadão, como a dignidade da pessoa e a igualdade, sem distinção de qualquer natureza. Além disso, entendeu-se que a condenação do ofensor é a forma correta de disciplinar e inibir que atitudes como a em discussão continuem a ocorrer. Fonte: Conjur Postado por COORDENADORIA DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL

terça-feira, 26 de março de 2013

DESPEJO DE CINCO FAMILIAS NEGRAS PROPRIETÁRIAS EM DECORRÊNCIA DA COPA DO MUNDO

Informe Penna de Oliveira ! Companheiros,(as) Com a presença massiva de representantes da Comunidade, além de representação da Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Porto Alegre (Rafael representando a Vereadora Fernanda Melchionado PSOL) , perante a 2ª Vara da Fazenda Pública , onde foi agendada uma reunião com a representação do DEMHAB , através do Diretor Dr Marcos, que estava na Comunidade na parte da manhã, e a Procuradora do Município, Cláudia, o encontro se deu às 14h. A Posição do DEMHAB era no sentido de cumprir a ordem judicial e oferecendo que a comunidade subscrevesse um acordo , aceitando a saída num prazo de 30 dias e aluguel social por 5meses no valor de R$ 500, ( Quinhentos Reais) e a perspectiva de sacar 80% do valor depositado, que frise-se está bem abaixo do valor de mercado, ou seja, ou comunidade aceitava tal oferta , ou as máquinas da Prefeitura estariam a postos às 9h da manhã do dia 25.03 , para fazer a limpeza ! Instalou-se , num primeiro momento o desespero , por parte de membros da Comunidade , e ainda os argumentos apresentados pela Assessoria Jurídica da Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas de que tal proposta desconsiderava situações como a existência de assentamento religioso de matriz africana, de existirem idosos e crianças, além do Ofício da Câmara Municipal de Porto Alegre, sugerindo a realização de reunião no dia 02 de abril para procurar a existência de uma negociação efetiva, e que tais fatores estavam sendo objeto de análise pelo Juízo em decorrência do Ajuizamento de uma Cautelar Inominada pela Comunidade onde se requeria a suspensão da ordem de imissão de posse e a prorrogação do prazo. A decisão sobreveio, com a prorrogação do prazo para o dia 04 de abril, tendo a Juíza considerado no despacho o risco de exposição da comunidade a grave conflito , bem como, o fato da reunião prevista para o dia 02 de Abril na Câmara Municipal de Porto Alegre. Conseguimos, judicialmente a prorrogação do prazo de imissão de posse ! Mas nos manteremos mobilizados, com a vigília no dia 25.03 na Comunidade, bem como, convidamos os (as) companheiros para uma reunião na Câmara dos Vereadores às 18h do dia 25, tendo como pauta o aprofundamento da resistência e a preparação da reunião do dia 02 de Abril. Tratou-se de uma vitória parcial , mas não podemos baixar a guarda! Contando com o apoio de todos (as) Pela suspensão da imissão de posse ! Pelo respeito ao povo negro e às religiões de matriz africana ! Pela abertura imediata de negociação! COMITÊ EM DEFESA DA COMUNIDADE PENNA DE OLIVEIRA

domingo, 24 de março de 2013

Em sessão plenária tumultuada, mulher é presa por racismo em São Leopoldo/RS

Terminou em tumulto e prisão por racismo a sessão plenária da Câmara dos Vereadores de São Leopoldo, no Vale do Sinos, realizada na noite desta quinta-feira. Após a votação de projeto polêmico, parte dos cerca de 300 manifestantes atiraram ovos contra os parlamentares e uma mulher de 64 anos foi detida por ter chamado o vereador Brasil Oliveira (PSB) de "negro sujo". O político, ofendido, deu voz de prisão à agressora.Desde o início da semana, moradores e empresários da cidade prometiam protestar no Legislativo durante a votação do projeto, que muda a estrutura atual dos gabinetes. O grupo era contrário à aprovação da matéria prevê que os chefes de gabinete passem a receber salários de R$ 4.582,46, ao invés de R$ 2.724,67, valor que também vai ser pago aos novos assessores de relações comunitárias. A confusão, segundo o presidente da Câmara, Luiz Andrade (PSB), teve início logo após a abertura da sessão quando os manifestantes gritaram palavras de ordem interrompendo a reunião. Depois da votação, que terminou com nove votos favoráveis e três contrários ao projeto, parte dos manifestantes atiraram ovos em direção à Mesa Diretora e, em determinado momento, houve a ofensa ao vereador. "Não tinha mais como continuar a sessão, a Brigada Militar interveio e encerramos os trabalhos. Agora vamos esperar a sanção do prefeito", explicou o chefe do legislativo.Conforme o vereador Brasil, ao ouvir a ofensa, ele não hesitou e deu voz de prisão à manifestante. "Não pude acreditar que em pleno século 21 isso pudesse ocorrer. É um desrespeito comigo, como ser humano, como negro e mais ainda como vereador. Está na constituição, é crime", disse, perto das 22h, já a caminho de uma delegacia.Anderson Ribeiro, um dos organizadores da manifestação, explica que o movimento não compactua com a atitude errada e isolada de alguns participantes, mas que o intuito inicial era legítimo. "Sempre levantei a bandeira da igualdade, jamais defendi atitude semelhante à que pode ter ocorrido", explicou.A manifestante segue detida na 1ª Delegacia de Polícia (DP) da cidade. O delegado Eric Dutra lavrou a prisão em flagrante após ouvir os envolvidos, mas esclareceu que ela pode responder pelo crime em liberdade, desde que pague fiança.Postado por Lamudoyê Jorge Cruz, no facebook.

sábado, 16 de março de 2013

Homenagem a Caren Daiane da Silva na Assembleia Legislativa/RS

Realizada dia 13 de março de 2013, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul,a homenagem da Deputada Estadual Marisa Formolo (PT). A distinção faz parte de uma premiação anual dada pela parlamentar a mulheres que se destacam em atividades pela comunidade. Nesse ano foram homenageadas cinco mulheres. Em virtude da Campanha da Fraternidade da CNBB em 2013, foram homenageadas mulheres jovens e com trabalhos sociais relevantes. Caren Daiane da Silva, com formação em História, Militante do MNU, Seção Caxias do Sul, recebeu a homenagem por seu trabalho na educação. A Dep. Marisa Formolo merece os parabéns por sua visão especial para as jovens mulheres que têm pouca visibilidade de suas importantes militâncias e que conseguem mudar e melhorar a vida de muitas pessoas.

Manifesto do Movimento Unificado do Rio Grande do Sul.

Fórum Social Temático Manifesto do Movimento Unificado do Rio Grande do Sul. “O Fórum Social Mundial foi criado para se contrapor à Conferência do Fórum Econômico de Davos e é um espaço internacional para a reflexão e organização de todos os que se contrapõem à globalização neoliberal”. É um espaço para os movimentos sociais construírem alternativas para favorecer o desenvolvimento humano e buscar a superação de dominação dos mercados em cada país e nas relações internacionais. A partir de 2001, em Porto Alegre, o primeiro FSM colocou em pauta importantes temas para a transformação social: o acesso e a produção de riquezas, a sustentabilidade, a afirmação da sociedade civil e dos espaços públicos, e, poder político e ética na sociedade. Em 2002, o Movimento Negro Unificado – MNU – foi um dos protagonistas da criação do “Tribunal dos Povos” que julgou as atrocidades históricas contra a humanidade. Foi à primeira experiência para idealizarmos a articulação do Comitê Afro do Brasil composto pelas principais organizações do movimento negro brasileiro. Um marco da participação do MNU foi à realização da I Conferência Internacional de Reparação e Contra o Racismo entre o Brasil e vários países africanos. Em 2003, consolidamos o Quilombo Milton Santos e Lélia Gonzales pautando, principalmente, a questão da titulação das terras remanescentes de quilombos. Em 2004, realizou-se em Mumbai, na Índia, a primeira edição do FSM fora do Brasil. Em 2005, em Porto Alegre, consolidamos o Comitê Internacional de Reparação entre Brasil e 16 países africanos. Em 2006, aconteceu o FSM policêntrico com caráter de mobilização, ação global e descentralização regional. No ano seguinte, acontece o primeiro FSM no continente africano, no Quênia, e notam-se sérios problemas organizacionais e uma verdadeira desmobilização de várias organizações do mundo todo. Já em 2008, o Comitê Internacional decide realizar uma série de mobilizações em vários países do mundo. O retorno do Fórum ao Brasil deu-se em 2009, em Belém do Pará, onde o MNU articulou com o Comitê Africano a Carta de Convergência. O documento definiu uma pauta internacional de debates e mobilizações tendo como referência o tema: Reparação aos Povos Espoliados Pela Escravidão e o Racismo. Em 2010, comemorou-se em Porto Alegre “10 anos de FSM’, houve pouca mobilização e as atividades não avançaram muito na abordagem de temas estratégicos para o fortalecimento do FSM. O FSM de Dacar, que ocorreu em 2011, no Senegal, evidenciou o descaso e o preconceito com o continente africano, inclusive com o sumiço da vanguarda esquerdista que não respira glamour fora da capital gaúcha e dos principais centros intelectuais. Já o Fórum Social Temático de 2012, em Porto Alegre, teve um caráter preparatório para o “Rio + 20” em plena efervescência da crise européia e americana e das insurreições da Primavera Árabe. O Fórum que está começando, a partir de 26 de janeiro de 2013 em Porto Alegre, inicia sob grande influência institucional da Prefeitura da Porto Alegre, da sua base aliada de partidos fisiológicos e de entidades aparelhistas alinhadas ao neoliberalismo. Nesse sentido, denunciamos ao Brasil e ao mundo que as contradições ideológicas e programáticas da política brasileira transportaram para o FSM a mesma “naturalidade” de convívio entre representações politicamente antagônicas. Isto é fruto da política de ‘’concepção desenvolvimentista’’ que permite a convivência e administração do poder público entre instituições políticas e a elite, que verdadeiramente detém o poder econômico, possibilitando a sobrevivência política “comum’’ nos poderes constituídos pelo Estado. Discordando dessas contradições, o Movimento Negro Unificado não participará do FSM Temático de 2013 que terá como tema: “Desenvolvimento de Cidades Sustentáveis’’. Ressaltamos que mais uma vez a cidade de Porto Alegre incorpora a sua conduta histórica de destruir e remover os territórios negros para regiões sem infraestrutura e condições habitacionais. Citamos como exemplo, a Colônia Africana que existia até a década de 40 em bairros atualmente nobres: Bom Fim, Mont Serrat, Moinhos de Vento. A especulação imobiliária e a cumplicidade do poder público exercem a expressão do racismo institucional promovendo a política de desapropriação e coerção aos territórios negros. Atualmente, o processo de obras para a Copa do Mundo 2014 prevê a remoção de 26 terreiros de matriz africana em Porto Alegre. No bairro Cruzeiro do Sul, o terreiro de Candomblé liderado pela Babalorixá, Mãe Maria de Osun, será removido em função da ampliação das vias públicas. Outros espaços estão sendo ameaçados: Sociedade Floresta Aurora, Bloco Afro Odomodê e Escola de Samba Acadêmicos da Orgia, entre outros. A intolerância religiosa é outro fator que discrimina os rituais de matriz africana, atacando as manifestações seculares de cultos com sacralização e o prosseguimento das sessões após ás 22 horas. Tais atitudes são oriundas de verdadeiras campanhas de igrejas neopentecostais, partidos conversadores e monopólios de redes de comunicação. Segundo Milton Santos, geógrafo, e um dos maiores pensadores do Brasil: O problema metropolitano está exigindo urgentemente novas formas de regulação, cuja prática incumba, em maior parte, aos poderes públicos mais próximos do cidadão, sem deixar, todavia, que este seja esmagado por interesses localistas ou manipulações de grupos municipais. Tal regulação terá de escapar às injunções de um jogo oblíquo, mas eficaz pela proximidade de atores, de forças confluentes contra os interesses do maior número e onde as ambições eleitorais ou de lucro se congregam e equivalem na subordinação aos mandamentos nem sempre sutis das classes dominantes e do poder econômico. O sistema crônico de discriminação racial nas cidades e nos espaços públicos está diretamente relacionado com o Racismo Institucional nas diferentes estruturas do Estado. Uma cidade democrática, com desenvolvimento sustentável e sem racismo deve considerar: O espaço e o ponto de vista dos movimentos cidadãos que promovem o controle social com indicadores, o acesso à informação pública, pesquisas específicas, monitoramento e incidência das políticas públicas, a participação cidadã, a inclusão de diferentes e de diversos setores e atores da cidade onde habitam. A convergência desse processo é a convicção de importância de uma cidadania ativa na promoção e realização das verdadeiras transformações, reconhecendo que estas mudanças exigem, por sua vez, a transformação do Estado. Para que “Outro Mundo seja Possível Sem Racismo” é fundamental a efetivação de políticas públicas específicas para a população negra: A implementação da lei 10.639/2003 que institui a obrigatoriedade do Ensino de História da África e da Cultura Afro Brasileira é um verdadeiro instrumento de conscientização e de política educacional de promoção de igualdade étnico racial. O fato é que o poder público, de modo geral, não tem apresentado resultados efetivos de tais medidas. A política de cotas raciais e sociais nas Universidades Públicas tem propiciado um novo cenário de formação acadêmica para os afrodescendentes e pessoas egressas do ensino público. Por outro lado, o genocídio da juventude negra no Brasil é alarmante, trazendo altos índices estatísticos de mortes resultantes da violência institucional. Conforme reportagens produzidas pela mídia nacional; em São Paulo a polícia militar orienta os seus policiais a focarem as suas abordagens, principalmente, á transeuntes de cor parda ou negra. O que é inadmissível. As mulheres negras são as maiores vítimas de violência doméstica, de maiores taxas de desemprego, salários mais baixos, e altos índices de doenças gestacionais. Sobre a saúde da população negra as instituições públicas insistem numa política mantenedora de práticas conservadoras, não considerando as especificidades dessa população, por exemplo, o tratamento a Anemia Falciforme. Conclusão: Ressaltamos que o Fórum Social Mundial Temático de Porto Alegre não contempla a concepção de participação democrática e popular para a construção de uma cidade com desenvolvimento sustentável. O Movimento Negro Unificado vem manifestar publicamente o repúdio a qualquer tipo de apropriação institucional que possa conduzir e/ou interferir no avanço de conquistas históricas protagonizadas pelos movimentos sociais. A divisão racial de classes é um alicerce da burguesia Boa luta! MOÇÃO CONTRA O IMPERIALISMO. A crise econômica mundial faz ressurgir uma forte ação neocolonialista na África. China, Estados Unidos, Inglaterra, e França (que invadiu o Mali) buscam novamente “status de liderança mundial” instalando, cada vez mais, suas empresas multinacionais com o propósito de extração de riquezas minerais e exploração dos trabalhadores africanos. O próximo Fórum Social Mundial que será realizado na Tunísia tem a responsabilidade de debater “o cenário atual no continente africano, pós Primavera Árabe, e sob o contexto da Crise Americana e Européia”. REAJA Á VIOLÊNCIA RACIAL – MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO/RS. PORTO ALEGRE, 27 DE JANEIRO DE 2013.

CONSCIÊNCIA NEGRA

O que significa ter consciência do que é Consciência Negra Ter Consciência Negra é compreender que o projeto de colonização implantado no Brasil, não teve a finalidade de transformar o Brasil em uma nação, em um país, mas sim, desenvolver uma forma de conquista e invasão moldado na busca desenfreada das riquezas naturais que esta nação possui, através da monocultura latifundiária, escambo, extração destrutiva das matas e florestas, a cata de pedras preciosas e, impor um sistema civilizatório onde a “superioridade” racional do pensamento retrógrado da “civilização” branca ocidental, subjuga pela força física negros e indígenas. É ter consciência que os 350 anos de escravização obtiveram os seguintes resultados: 11 milhões de africanos apressados e transportados para esta diáspora forçada nos navios negreiros, autênticos campos de concentração marítimos, e causou o maior holocausto em termos numéricos e de longa duração na história do planeta azul, que deveria ter a cor da vergonha e do pecado. É ter consciência que a escravização praticada nas senzalas, minas, campos, cidades, seminários e Igrejas, foi tão violenta e destrutiva que os escravizados sucumbiam após SETE anos de trabalho forçado, que estes enjeitados de toda sorte se sujeitavam a péssima alimentação (sobras), jornadas exaustivas de trabalho, vestiam andrajos, e não tinham nada de si, nenhuma querência, nenhum amor, nem seu próprio corpo, a única coisa que o escravizado tinha de seu, era a MORTE! Ter Consciência Negra é não aceitar a grandiosa mentira contida no mito da democracia racial e no texto da Casa Grande e Senzala. Nossos ancestros e ancestras se insurgiram contra todas as formas genocida com que eram tratados, cujos atos excludentes ainda hoje se repetem. É por isso que fazemos memória de Zumbi dos Palmares, o maior de todos os negros, o grande líder do Quilombo dos Palmares, o herói da raça. Ter Consciência Negra é saber que a luta dos afrodescendentes continua apesar de abolida a escravização, uma abolição inconclusa que tirou os grilhões de nossos pés, é os colocou em nossas gargantas nos manietando, que deixou de nos marcar a ferro em brasa como gado o nosso tronco como símbolo de sermos batizados, para marcar na alma, na vergonha e no pecado todo povo brasileiro. São atitudes de recusa e rebelião contra o que está exposto nas vísceras abertas que nunca fecha, fruto deste cancro racial e preconceituoso. Ter Consciência Negra é saber-se afrodescendente, saber que nossa cor é linda, o formato do nosso nariz, nossos lábios e cabelos carapinhos, faz a diferença e harmonizam o nosso jeito de ser; é valorizar nossos ritmos, som que dos tambores que nos impulsiona e nos anima, assim como nossa cultura; é valorizar as religiões de matriz africana, símbolo de resistência e da espiritualidade do Povo Negro. Te Consciência Negra é recuperar o ideário de Zumbi dos Palmares e resgatar um importante e secular exemplo de luta e organização pela emancipação do povo brasileiro e temos que conscientizar todos e todas negros, brancos e amarelos, enfim, a nação brasileira a continuar lutando para o fim da desigualdade e do preconceito racial. Ter Consciência Negra é ter consciência de que este povo tem a estranha mania de ter fé na vida e depositam todas suas esperanças em Cristo Jesus. Verdade e Vida.

BENJAMIN DE OLIVEIRA

Benjamin Chaves, posteriormente conhecido como Benjamin de Oliveira, nasceu em Pará de Minas, no estado de Minas Gerais, no dia 11 de junho de 1870. Foi o quarto filho de Malaquias e da escrava Leandra. Aos 12 anos, fugiu de casa com o Circo Sotero, onde começou a trabalhar como trapezista e com números de acrobacia. Do artista Severino de Oliveira, seu orientador no circo, adotou seu novo sobrenome, mas abandonou a trupe três anos depois. Benjamim passou por vários circos ainda como acrobata até estrear como palhaço, numa turnê no interior de São Paulo, ao substituir o artista original, que estava doente. Benjamim de Oliveira foi uma das mais importantes figuras do mundo do circo, o primeiro palhaço negro do Brasil e, de acordo com o pesquisador Brício de Abreu, o primeiro palhaço negro do mundo. Em 1892, ingressou no circo do português Manoel Gomes, conhecido como Comendador Caçamba. Foi nesta ocasião que o palhaço conheceu um ilustre freqüentador do Circo, e dele tornou-se amigo, segundo afirma o pesquisador Nei Lopes. Esse admirador era o então presidente Floriano Peixoto. Por volta de 1896, conheceu Affonso Spinelli. Até os anos 30, Benjamim atuou no Circo Spinelli, período que correspondeu aos seus anos de maiores glórias. Entre 1907 e 1912, o já popularíssimo palhaço Benjamim de Oliveira gravou cançonetas, lundus e modinhas em seis discos pela Columbia Records. Nos entreatos do circo, cantava acompanhado de um violão. Até 1938 foi o principal nome do circo brasileiro, atuando no Circo Spinelli como Tony ou Clown e como ator teatral em diversas peças, promovidas como complemento da sessão circense. O circo-teatro teve o seu apogeu entre os anos de 1918 e 1938, sendo introduzido no Rio de Janeiro por Benjamim, que começou com paródias de operetas e contos de fadas teatralizados, chegando à apresentação de peças de Shakespeare. Essa versatilidade fez com que a obra de Benjamim de Oliveira marcasse uma revolução no circo brasileiro. Foi aclamado como o rei dos palhaços no Brasil e respeitado por homens de teatro como Procópio Ferreira.

A política de cotas ganhou mais uma

Na essência da política de cotas há um aspecto que exaspera seus adversários: um estudante que vai para o vestibular sem qualquer incentivo de ações afirmativas tira uma nota maior que o cotista e perde a vaga na universidade pública. Quem combate esse conceito em termos absolutos é contra a existência das cotas, cuja legalidade foi atestada pela unanimidade do Supremo Tribunal Federal e aprovada pelo Congresso Nacional (com um só discurso contra, no Senado). É direito de cada um ficar na sua posição, minoritária também nas pesquisas de opinião. Uma coisa é defender as cotas quando a distância é pequena, bem outra seria admitir que um estudante que faz 700 pontos na prova deve perder a vaga para outro que conseguiu apenas 400. O que é diferença pequena? Sabe-se lá, mas 300 pontos seria um absurdo. Os adversários das cotas previam o fim do mundo se elas entrassem em vigor. Os cotistas não acompanhariam os cursos, degradariam os currículos e fugiriam das universidades. Puro catastrofismo teórico. Passaram-se dez anos, e Ícaro Luís Vidal, o primeiro cotista negro da Faculdade de Medicina da Federal da Bahia, formou-se no ano passado e nada disso aconteceu. Havia ainda também as almas apocalípticas: as cotas estimulariam o ódio racial. Esse estava só na cabeça de alguns críticos, herdeiros de um pensamento que, no século 19, temia o caos social como consequência da Abolição. Mesmo assim, restava a distância entre o beneficiado e o barrado. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais divulgou uma pesquisa que foi buscar esses números no banco de dados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Neste ano, as cotas beneficiaram 36 mil estudantes. Pode-se estimar que em 95% dos casos a distância entre a pior nota do cotista admitido e a maior nota do barrado está em torno de 100 pontos. Em 32 cursos de medicina (repetindo, medicina) a distância foi de 25,9 pontos (787,56 contra 761,67 dos cotistas). O Inep listou as vinte faculdades onde ocorreram as maiores distancias. Num caso extremo deu-se uma variação de 272 pontos e beneficiou uns poucos cotistas indígenas no curso de história da Federal do Maranhão. O segundo colocado foi o curso de engenharia elétrica da Federal do Paraná, com 181 pontos de diferença. A distância diminui, até que, no 20º caso, do curso de ciências agrícolas de Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Federal do Rio Grande do Sul, ela ficou em 128 pontos. Pesquisas futuras explicarão como funcionava esse gargalo, pois se a distância girava em torno de 100 pontos, os candidatos negros e pobres chegavam à pequena área, mas não conseguiam marcar o gol. É possível que a simples discussão das ações afirmativas tenha elevado a auto estima de jovens que não entravam no jogo porque achavam que universidade pública não era coisa para eles. Neste ano, 864.830 candidatos (44,35%) buscaram o amparo das cotas. A política de cotas ocupou 12,5% das vagas. Num chute, pode-se supor que estejam em torno de mil os cotistas que conseguiram entrar para a universidade com mais de cem pontos abaixo do barrado, o que vem a ser um resultado surpreendente e razoável. O fim do mundo era coisa para inglês ver. Elio Gaspari, nascido na Itália, veio ainda criança para o Brasil, onde fez sua carreira jornalística. Recebeu o prêmio de melhor ensaio da ABL em 2003 por "As Ilusões Armadas". Vera Rosa

A origem do homem moderno

Por Ledour Os Brancos eram Negros há milhares de anos atrás Do portal Benito Pepe Há alguns anos atrás assisti em um Canal Cultural de uma TV fechada uma pesquisa científica falando sobre a origem do homem branco e da “diversidade das raças” no Planeta Terra, dizia sumamente que todos os homens modernos vieram de uma única raça: a Negra. Portanto somos todos negros em nossa origem biológico-genética, a única coisa que nos diferencia é a cor de nossa pele, nada mais. Desde então procurava saber mais sobre o assunto até que encontrei na Revista Super Interessante uma reportagem falando sobre esse tema. Seu título: “Brancos, negros, índios e amarelos: Todos parentes”. O texto abaixo é uma adaptação livre e atualizada dessa reportagem. Em suma veremos que Brancos, Índios e Amarelos vieram todos dos Negros Africanos. Anos atrás no “Museu do Homem de Paris” houve uma exposição intitulada “Todos Diferentes, Todos Parentes”, a reportagem que agora posto lembra que se Morton estivesse vivo (Morton foi um grande cientista que morreu em 1851, estudava a “diferença” entre as raças humanas) ele certamente teria um enfarto fulminante ao ver que várias pessoas, incluindo crianças, remontavam, em uma tela de computador, aquilo que ele levou décadas em sua vida fazendo no laboratório. Diariamente, centenas de jovens e curiosos em geral se divertiram na mostra criando “homens” inimagináveis, numa miscelânea que inclui os mais variados tipos de cabelo, olhos, rosto ou mesmo o tamanho do nariz. Essa brincadeira se confunde com a própria explicação da origem do homem moderno, o Homo sapiens sapiens: a de que, ao contrário do que pensava Morton, as diferenças físicas, tão gritantes a nossos olhos, não passam de detalhes na história de uma espécie que, embora numerosa e espalhada por todo o mundo, em última análise provém de um único ancestral. As aparências enganam. “O sentido da visão tem um papel primordial nas percepções humanas, enquanto várias espécies de animais que diferem na cor dos pêlos ou da pele parecem não dar a menor importância a isso”, brinca o francês André Langaney, chefe do laboratório de Biometria de Genética da Universidade de Genebra. É certo que as questões de um século atrás ainda persistem: se somos descendentes de um mesmo antepassado, por que alguns têm a pele negra, cabelos crespos e olhos escuros, enquanto outros têm olhos puxados, cabelos lisos e a pele amarela? Por que os pigmeus medem em média 1,50 metro, enquanto suecos chegam a 1,77 metro? As diferenças são tantas, que apenas enumerá-las já soa como uma missão impossível — quanto mais listar respostas para cada uma… Mas para geneticistas como Langaney ou o célebre italiano Luigi Luca Cavalli-Sforza, um dos maiores especialistas no assunto, muito mais numerosas e essenciais são as igualdades. Todo homem, seja ianomâmi ou finlandês, possui cerca de 4,5 metros quadrados de pele, 100 órgãos, 450 músculos motores, 211 ossos, 950 quilômetros de tubos (veias e artérias), 100.000 quilômetros de fibras nervosas, 5 litros de sangue, 60 trilhões de células, etc. etc. Tão importante ainda é que jamais se encontraram genes que pudessem ser considerados característicos de uma única população, por mais isolada que ela viva. Isto é: os cerca de 3 bilhões de componentes do patrimônio genético são compartilhados pelos 6 bilhões de homens que ocupam o Planeta. Sem exceções. É o que asseguram décadas de pesquisas, em especial as realizadas por aqueles dois especialistas. Langaney concentrou seu trabalho em três genes que são fundamentais no ser humano. O primeiro, responsável pelo tipo sangüíneo, é o sistema ABO. O outro, o do fator Rhesus, determina o Rh positivo e negativo. Quanto ao terceiro, o Gm, é o gene que produz a imunoglobulina, substância essencial para o sistema imunológico. Tais genes se encontram em centenas de grupos étnicos, cujas células a equipe de Langaney vasculhou. E o pesquisador é taxativo: isto descarta a possibilidade de existirem genes “brancos”, “negros” ou “amarelos”, como se acreditou até há pouco. “Nenhuma população se isolou por um tempo suficiente para se constituir como uma raça completamente diferenciada”, garante Cavalli-Sforza. Professor da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, ele diz isso com a autoridade de quem nos últimos cinqüenta anos se dedicou a construir a mais completa e ambiciosa árvore genealógica da espécie humana e hoje se dá ao conforto de andar de chinelos nos corredores da universidade. Sforza testou nada menos de 120 características humanas gravadas nos genes, inclusive o fator Rhesus e os sistemas ABO e Gm. E também não poupou o computador de Stanford para reagrupar milhares de trabalhos lingüísticos e arqueológicos, a partir dos quais selecionou os 42 grupos mais estudados, numa amostragem perfeita dos habitantes dos cinco continentes. Etíopes, pigmeus, europeus em geral, lapões, esquimós, japoneses, polinésios e índios americanos são apenas algumas das etnias escolhidas por ele. E, a partir desses estudos, o geneticista genovês radicado nos Estados Unidos chegou a uma conclusão inovadora: a de que era possível reconstituir a história da evolução humana com base na freqüência de certos genes, o chamado critério de distância genética. O fator Rhesus é um exemplo que pode ajudar a entender essa conclusão. Sforza verificou que 16% dos ingleses tinham o fator Rhesus negativo, enquanto a freqüência nos bascos era de 9% e nos japoneses 0%. “Se nos limitarmos ao Rhesus, podemos dizer que os ingleses são mais próximos dos bascos que dos japoneses.” É lógico que, para obter a distância genética entre as populações, Sforza não usou apenas um gene; analisou mais de uma centena. Graças a esse critério, pôde chegar então às sete grandes famílias, os colonizadores da Terra: africanos, caucasianos, asiáticos do sul, asiáticos do norte, australianos, insulares do Pacífico e ameríndios. Benito Pepe

Homenagem a Caren Daiane da Silva na Assembleia Legislativa/RS

Realizada dia 13 de março de 2013, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul,a homenagem da Deputada Estadual Marisa Formolo (PT). A distinção faz parte de uma premiação anual dada pela parlamentar a mulheres que se destacam em atividades pela comunidade. Nesse ano foram homenageadas cinco mulheres. Em virtude da Campanha da Fraternidade da CNBB em 2013, foram homenageadas mulheres jovens e com trabalhos sociais relevantes. Caren Daiane da Silva, com formação em História, Militante do MNU, Seção Caxias do Sul, recebeu a homenagem por seu trabalho na educação. A Dep. Marisa Formolo merece os parabéns por sua visão especial para as jovens mulheres que têm pouca visibilidade de suas importantes militâncias e que conseguem mudar e melhorar a vida de muitas pessoas.

Segure e lance

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