quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Movimento Negro discute reorganização política em Congresso da entidade na Bahia

Atividade reuniu mais de 150 lideranças de 15 estados O Movimento Negro Unificado discute reorganização política em Congresso da Entidade na Bahia Bloco Afro Ilê Aiyê fez apresentação de saudação aos congressistas na abertura do evento no Pelourinho Cerca de 150 membros do Movimento Negro Unificado (MNU) participaram entre sexta-feira e domingo (15 a 17 de agosto), em Salvador-BA, do XVII Congresso Nacional da Entidade. O objetivo da atividade foi promover o debate sobre a reorganização política de combate ao racismo do MNU. De acordo com as lideranças do movimento, o Congresso buscou retomar as estratégias de luta, de enfrentamento ao racismo e a construção de um projeto político a partir do povo negro. “As novas formas como o racismo se manifesta torna necessária uma reorganização de estratégias que o enfrente em todos os espaços e nas configurações em que ele se manifesta na área urbana e na área rural”, afirmou a coordenadora estadual do MNU em Minas Gerais, Angela Gomes, que é integrante do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial por notório saber. De acordo com a coordenadora, nos últimos anos o programa de ação do MNU de há 36 anos teve uma parte importante de suas propostas transformadas em políticas públicas, mas, “assumir o racismo e as conquências dele nos territórios de matriz africana revela o estado da guerra racial, simbólica e física, que se manifesta no Brasil há mais de 300 anos”. “Faremos um balanço desses 36 anos, resgatando o papel do MNU enquanto escola que construiu uma pedagogia para o ensino do que foi esse atlântico negro em termos de territórios negros e que, ao mesmo tempo, revelou que a estratégia racial e de exploração de classe são indissociáveis de um projeto eugênico e eurocêntrico”, afirmou Angela Gomes. Segundo ela, o MNU foi também responsável por evidenciar que a matriz africana não desapareceu, revelando territórios simbólicos como os quilombos, o samba etc, como cultura muito mais dialógica do que a cultura eurocêntrica teria tentado impor. “O congresso vem nesse momento, retomar a importância do enfrentamento do racismo nas ruas para garantir o direito de ir e vir; reconhece a necessidade de marchas pelo enfrentamento da violência contra a juventude, contra as mulheres negras, e pelo combate à violência policial contra negros e negras”, concluiu. Coordenação de Comunicação da SEPPIR

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