DENÚNCIA DE RACISMO Porto Alegre, 03 de novembro de 2011.
Conteúdo da ocorrência nº 10517/2011 Polícia Civil – 15ª Del. Polícia
Ato: Injúria
Consumado
Local: Sociedade Educacional Monteiro Lobato
Rua dos Andradas, 1180 Centro – Porto Alegre / RS – Brasil
Estab. Ensino - Particular
Nome da Vítima: Márcio Miguel Goularte Canquerini, 23 anos.
Informa estar sendo provocado por colegas de aula e até a professora de sociologia, que fazem comentários contra sua pessoa, sendo que a mestra inclusive lhe trata por negrinho. Que houve as mais variadas piadas racistas, é chamado de soldado do tráfico por que chega em aula com roupas e tênis de grife, é tudo o que pode caracterizar bullyng em seu local de estudo. Que não sabe o nome completo dos colegas que lhe perseguem, somente os conhecendo pelo primeiro nome como Raul, Diego, Estefani, Maiara, John Lennon e Guilherme, sendo que a professora se chama Andréia. Que deseja representar criminalmente contra todas essas pessoas, além de tomar outras providências na esfera judicial. Que ao procurar a direção da escola para ter algum respaldo, a mesma se omitiu e procurou abafar o caso marcando reunião com todas as partes envolvidas no dia de amanhã e ainda dando como opção a troca de turno do comunicante mudando do vespertino para o noturno ou então que faça o curso à distância. Sendo que no caso a vítima é que terá o prejuízo, já que até esta data suas notas são ótimas e não tem mais como arranjar outra escola.
DETALHES fornecidos pela vítima
Márcio é um rapaz tímido, calmo e não possui nenhum vício, declara que jamais teve qualquer tipo de indisposição com os colegas citados acima, somente provocações por parte deles. Relata que esse tipo de atitude iniciou-se em agosto, várias provocações direcionadas a ele com um único objetivo: que ele saia da escola. O motivo aparente a ser percebido se dá devido a sua cor, pois ela é o instrumento principal de todas as provocações. Conta que desde cantarem músicas como as do tema da novela A Escrava Isaura, até ser motivo de piadas do tipo: Qual a maior árvore que existe no Brasil? O estádio do Inter, por ter lugar para mais de 60.000 macacos. OUTRAS AÇÕES POR PARTE DOS COLEGAS: Fora criado um movimento fora Márcio, exclusivamente por afirmarem que negros do “tipo dele”, não teriam lugar reservado naquela escola (negro não pode ter boa aparência, nem usar boas roupas e calçados), ameaças constantes de surra e morte, instigações para que ele não freqüente mais a aula, atiravam objetos em sua cabeça, indagação sobre qual a opinião dos professores sobre a mistura de raças, etc. Cita que em uma aula de história, quando a professora explicava sobre o nazismo, Raul (um dos colegas), quis insinuar que os africanos tinham o mesmo comportamento, que a professora solicitou ao rapaz que deixasse os africanos em paz, disse que quando alguns negros se destacam, as pessoas querem tirá-los fora de seus papéis, talvez a única pessoa que falou algo sensato nessa situação toda. Que quando ele foi relatar para a diretora sobre os ocorridos a partir dos colegas e professora de sociologia, a mesma falou que coisas como essas não abalariam a escola pelo nome que ela têm, que “SE” a professora não tivesse razão teria que se retratar, pois era uma excelente professora, só elogios. Que a diretora se dirigiu à sala de aula para falar que racismo é crime, etc, etc, e neste momento ela pediu a uma menina branca para sentar-se ao lado dele (tentando não fazer perceber que era uma armação) para aparentar que estava tudo bem. Ao mesmo tempo ela acabou prejudicando mais ainda o rapaz, pois deixou evidente que ele foi se queixar para ela. Após os fatos citados, a professora de sociologia disse que ele tinha cometido uma negrice ao ir a diretoria se queixar. Que devido as constantes ameaças ele não foi mais à aula desde a sexta feira passada, estando no final do ano letivo.
A reunião proposta pela diretora aconteceu hoje, com a presença do aluno Márcio, sua mãe, senhora Sonia, seu pai, senhor Carlos Milton, sua irmã Patricia e os advogados e militantes do Movimento Negro, Dr. Onir Araújo (MNU) e Drª Carla (ENJUNE), os militantes do Movimento Negro aguardaram junto com a imprensa (Correio do Povo e Sul 21) para dialogar com a diretora. Após muito esforço, fora recebido em nome do movimento social negro uma das Coordenadoras do MNU/RS, Silvia Regina e o representante da Comissão dos Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, onde acordaram que até terça feira a escola dará um retorno para o movimento e familiares sobre quais as providencias que a mesma tomará devido às atitudes dos alunos e professora de sociologia.
IMPORTANTE:
Informamos que os integrantes do Movimento Negro ao estarem no pátio da escola aguardando a vez de falar com a Direção, ouviram alguns alunos que não sabiam quem eles eram, comentarem em tom de ameaça que Márcio era um e os alunos eram trinta.
ATÉ ONDE VAI ISTO???
Diante tamanha atrocidade, caso a escola não tome a devida atitude referente a esta ação, o Movimento Negro Organizado de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, do Brasil vai tomar suas providências. Estaremos aguardando uma resposta que realmente nos convença de que a escola não está sendo conivente com a atitude desses alunos e professora, queremos acreditar que essa direção se colocará de maneira séria e convincente frente a essa questão, que terá real interesse em identificar de fato o que é uma ação de Racismo Institucional e que quer corrigir esse erro mediante a sociedade.
ATÉ QUANDO ISSO VAI ACONTECER???
NÃO AO RACISMO INSTITUCIONAL
REPARAÇÃO JÁ!!!.
Ana Honorato
Coordenadora Geral do MNU/RS
ola meu nome e andressa alexsandra goularte canquerine e sou sobrinha do marcio miguel minha mae nao quiz me falar oque aconteceu mais agora que eu ja sei eu fico muinto triste pois minha familia e meia dividida entre pessoas brancas e pessoas negras e eu tenho muinto orgulho por minha familia se assin e sinto mais orgulho ainda por ter um tio uma vó uma prima um võ q eu amo muinto e amo mais ainda por eles seren negros .ai meu deus aonde esse mundo vai parar se hoje as pessoas q vao ser os medicos medicas professores policiais etc.. de amanha sao tao repuguinantes meu deus eu sinto pena dos meus filhos netos se eles foren negros porque olha o futuro de rasismo que espera eles ai meu deus eu escrevo isso chorando como pode uma professora dessas dar aula nun colegio que e tao popular en poa imagina so quantas outras pessoas negras ja ´passarao por isso. com essa mulher olha eu tanben nao queria estar no corpo dessas maes q tem esses filhos sen nosao do mal que eles poden estar fazendo para pessoas q estao ali para estudar e ser auguen na vida a e sen essa q negro nao ten lugar no mundo pois tem sim tanto e q a mis universo e uma negra linda. olha eu tenho orgulho e encho a minha boca para falar eu tenho sangue afro nas minhas veias e ao contrario da professosora! eu tio tenho orgulho de estar ao teu lado
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