quinta-feira, 21 de julho de 2016

AGENDA NEGRA DE JULHO

01 - Independência de Ruanda, África Ruanda-Urundi foi um território da Bélgica, sob Mandato da Liga das Nações e posteriormente Protetorado das Nações Unidas, entre 1924 e 1962, ano em que resultou nos estados independentes de Ruanda e do Burundi. Os reinos de Ruanda e do Burundi, foram anexados pela Alemanha junto com outros estados da região africana dos Grandes Lagos no final do século XIX e início do século XX. Embora pertenceu a África Oriental Alemã, a presença alemã na região era mínima. Durante a Primeira Guerra Mundial, a região foi conquistada pelas forças do Congo Belga em 1916. O Tratado de Versalhes dividiu a África Oriental Alemã, passando a maior parte do território a ser conhecida como Tanganica, que foi colocado nas mãos da Grã-Bretanha, enquanto que a parte ocidental correspondia a Bélgica. Formalmente, esta parte é conhecida como Territórios Belgas Ocupados da África Oriental. Em 1924, tornou Ruanda-Urundi, quando a Liga das Nações emitiu um mandato formal para garantir o controle total da área. A presença belga no território era muito maior do a alemã, especialmente em Ruanda. Embora pelas regras do mandato, a Bélgica teria de contribuir para o desenvolvimento dos territórios e prepará-los para a independência, mas os belgas exploraram o território economicamente, obtendo lucros para a metrópole. O cultivo do café foi uma das principais atividades econômicas. Para implementar seu sistema, os belgas usaram a estrutura de poder indígena que consistia de uma classe dirigente tutsi, que governava a maioria da população Hutu. Os administradores belgas acreditavam nas teorias raciais da época e convenceram os tutsis que estes eram racialmente superiores. Embora antes da colonização, os Hutus tinham desempenhado um papel importante no governo, os belgas simplificaram os assuntos estratificando a sociedade por critérios raciais. A ira diante da opressão e do desgoverno se dirigiu a elite tutsi, ao invés do distante poder colonial. Estas divisões teriam grande importância décadas após a independência. Após a dissolução da Liga das Nações, a região tornou-se um território sob tutela das Nações Unidasem 1946. Isto incluía a promessa belga de preparar as áreas para a independência, mas acreditava que levaria décadas até estarem prontas para o autogoverno. A independência veio em grande parte devido aos eventos que ocorreram em outras regiões. Nos anos cinquenta, surgiu um movimento pela independência no Congo Belga e a Bélgica, se convenceu de que não poderia controlar o território. Em 1960, o maior vizinho de Ruanda-Urundi tornou-se independente. Após dois anos de preparação, a colônia ganhou a independência em 1 de julho de 1962, divididos em Ruanda e Burundi. Levou mais dois anos para que os dois tivessem um governo totalmente separado. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ruanda-Urundi 1- Independência do Burundi, em 1962 ! - Em 1885, na Conferência de Berlim, as potências europeias partilham a maior parte da África. O território do atual Burundi é entregue à Alemanha. A chegada dos colonos alemães, a partir de 1906, agrava antigas rivalidades entre os hutus (maioria da população) e a minoria tutsi, que exercia um poder monárquico. Os tutsis ganham status de elite privilegiada, com acesso exclusivo à educação, às Forças Armadas e a postos na administração estatal. Após a Primeira Guerra Mundial, o Burundi é unificado com a vizinha Ruanda, ficando sob tutela da Bélgica, que mantém as prerrogativas dos tutsis. Em 1946, a tutela passa para a Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1962, o país torna-se independente, sob monarquia tutsi. Com a saída da força militar belga, a luta pelo poder transforma-se em conflito étnico e alcança toda a sociedade. Os ressentimentos acumulados desde o período colonial explodem em 1965, quando uma rebelião hutu é esmagada pelo governo. No ano seguinte, a monarquia é derrubada por um golpe de Estado liderado pelo primeiro-ministro, Michel Micombero, que proclama a república e assume a Presidência. https://pt.wikipedia.org/wiki/Burundi 02 – Nasce e 1921, Franz Fanon, médico psiquiatra e revolucionário. Nascido na Martinica e tendo sido aluno de Aimé Césaire, Fanon fugiu das Antilhas como dissidente (no período de Vichy, quando a França estava sob ocupação nazista). Aos dezoito anos, Fanon alistou-se nas forças solidarias a De Gaulle, lutando pela França no norte da África. Lutou em Casablanca, na Argélia e na própria Europa (na Alsacia e em Toulon). Terminada a guerra, regressou a Martinica por um breve período, ajudando na campanha de Cesaire ao congresso. Voltou à França e cursou psiquiatria em Lyon, graduando-se em 1951. Depois de alguns anos de residência médica dirigiu-se para a Argélia, como chefe de serviços do Hospital Psiquiátrico Blida-Joinville, em 1953. Ali ele radicalizou seus métodos de tratamento, considerando uma prática psiquiátrica que procurava conectar os pacientes com seu passado cultural. Em 1954 com a explosão da revolução argelina, aderiu a FNL (Frente de Libertação Nacional). Foi expulso da Argélia em 1957 viajando para Tunis (Tunísia), aonde continuou o trabalho de resistência e denúncia dos males do colonialismo francês e publicando vários artigos e livros. Faleceu em 1961, nos Estados Unidos, enquanto tratava-se de Leucemia. Fanon foi o principal pensador dos males do colonialismo. Principais obras: Pele Negra, Máscaras Brancas, (1952) L’An V de la révolution algérienne, (1959) Os Condenados da Terra, (1961) Pela Revolução Africana, (1964) https://africaemquestao.wordpress.com/2012/10/16/mini-biografia-de-frantz-fanon 02 – Nasce Patrice Lumumba, no Congo, em 1925. Patrice Émery Lumumba, nascido como Élias Okit'Asombo (Onalua, Congo Belga, (2 de Julho de1925 – Katanga, 17 de Janeiro de 1961), foi um líder anti-colonial e político congolês. Em sua curta e tumultuada carreira política, ele optou por se alinhar aos valores anti-imperialistas e do pan-africanismo, defendendo consistentemente a solidariedade entre os povos da África para além dos limites de nação, etnia, cultura, classe e gênero, encorajando a luta não violenta contra o colonialismo e convocando ao diálogo os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Fundador do Movimento Nacional Congolês (MNC), ele foi a principal liderança na luta contra a dominação colonial belga no Congo, tendo participação decisiva na libertação do seu país do jugo imperialista europeu. Foi eleito primeiro-ministro eleito de seu país em 1960, mas ocupou o cargo apenas por 12 semanas, pois seu governo foi derrubado por um golpe de estado liderado pelo coronel Joseph Mobutu em meio à crise política do Congo. Ao tentar fugir para o leste do país, Lumumba seria capturado algumas semanas mais tarde. Seu assassinato, que ocorreu em janeiro de 1961, teve participação do governo dos Estados Unidos e da Bélgica, que viam o líder congolês como alinhado à União Soviética. https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=PXeNV5XnPIyX8Qfp97bQCA#q=+02+%E2%80%93+Nasce+Patrice+Lumumba%2C+no+Congo%2C+em+1925 02 – Independência da Bahia, em 1823, com a vitória final dos brasileiros sobre os portugueses na luta pela independência. A Independência da Bahia foi um movimento que, iniciado em 1821 (mas com raízes anteriores) e com desfecho em 2 de julho de 1823, motivado pelo sentimento federalista emancipador de seu povo, terminou pela inserção daquela então província na unidade nacional brasileira, durante a Guerra da independência do Brasil. Aderira Salvador à Revolução liberal do Porto, de1820 e, com a convocação das Cortes Gerais em Lisboa, em janeiro do ano seguinte, envia deputados como Miguel Calmon du Pin e Almeida na defesa dos interesses locais. Divide-se a cidade em vários partidos, o liberal unindo mesmo portugueses e brasileiros, interessados em manter a condição conquistada com a vinda da Corte para o país de Reino Unido, e os lusitanos interessados na volta ao status quo ante. Dividem-se os interesses, acirram-se os ânimos: de um lado, portugueses interessados em manter a província como colônia, dos outros brasileiros, liberais, conservadores, monarquistas e até republicanos se unem, finalmente, no interesse comum de uma luta que já se fazia ao longo de quase um ano, e que somente se faz unificada com a própria Independência do Brasil a partir de 14 de junho de 1822, quando é feita na Câmara da vila de Santo Amaro da Purificação a proclamação que pregava a unidade nacional, e reconhecia a autoridade de D. Pedro I. Na Bahia a luta pela Independência veio antes da brasileira, e só concretizou-se quase um ano depois do 7 de setembro de 1822: ao contrário da pacífica proclamação às margens do Ipiranga, só ao custo de milhares de vidas e acirradas batalhas por terra e mar emancipou-se de Portugal, de tal modo que seu Hino afirma ter o Sol que nasceu ao 2 de julho brilhado "mais que o primeiro". https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_da_Bahia 03 – Aprovada a Lei Afonso Arinos, Lei nº 1.390, abordando a discriminação racial como contravenção penal, em 1951. Inclui entre as contravenções penais a prática de atos resultantes de preconceitos de raça ou de cor. O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art 1º Constitui contravenção penal, punida nos termos desta Lei, a recusa, por parte de estabelecimento comercial ou de ensino de qualquer natureza, de hospedar, servir, atender ou receber cliente, comprador ou aluno, por preconceito de raça ou de cor. Parágrafo único. Será considerado agente da contravenção o diretor, gerente ou responsável pelo estabelecimento. Art 2º Recusar alguém hospedagem em hotel, pensão, estalagem ou estabelecimento da mesma finalidade, por preconceito de raça ou de côr. Pena: prisão simples de três meses a um ano e multa de Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros) a Cr$20.000,00 (vinte mil cruzeiros). Ver tópico Art 3º Recusar a venda de mercadorias e em lojas de qualquer gênero, ou atender clientes em restaurantes, bares, confeitarias e locais semelhantes, abertos ao público, onde se sirvam alimentos, bebidas, refrigerantes e guloseimas, por preconceito de raça ou de côr. Pena: prisão simples de quinze dias a três meses ou multa de Cr$500,00 (quinhentos cruzeiros) a Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros). Art 4º Recusar entrada em estabelecimento público, de diversões ou esporte, bem como em salões de barbearias ou cabeleireiros por preconceito de raça ou de côr. Pena: prisão simples de quinze dias três meses ou multa de Cr$500,00 (quinhentos cruzeiros) a Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros). Art 5º Recusar inscrição de aluno em estabelecimentos de ensino de qualquer curso ou grau, por preconceito de raça ou de côr. Pena: prisão simples de três meses a um ano ou multa de Cr$500,00 (quinhentos cruzeiros) a Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros). Parágrafo único. Se se tratar de estabelecimento oficial de ensino, a pena será a perda do cargo para o agente, desde que apurada em inquérito regular. Art 6º Obstar o acesso de alguém a qualquer cargo do funcionalismo público ou ao serviço em qualquer ramo das forças armadas, por preconceito de raça ou de cor. Pena: perda do cargo, depois de apurada a responsabilidade em inquérito regular, para o funcionário dirigente de repartição de que dependa a inscrição no concurso de habilitação dos candidatos. Art 7º Negar emprego ou trabalho a alguém em autarquia, sociedade de economia mista, empresa concessionária de serviço público ou empresa privada, por preconceito de raça ou de côr. Pena: prisão simples de três meses a um ano e multa de Cr$500,00 (quinhentos cruzeiros) a Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros), no caso de empresa privada; perda do cargo para o responsável pela recusa, no caso de autarquia, sociedade de economia mista e empresa concessionária de serviço público. Art 8º Nos casos de reincidência, havidos em estabelecimentos particulares, poderá o juiz determinar a pena adicional de suspensão do funcionamento por prazo não superior a três meses. Art 9º Esta Lei entrará em vigor quinze dias após a sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 3 de julho de 1951; 130º da Independência e 63º da República. Getúlio Vargas Francisco Negrão de Lima Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 10.7.1951 http://search.easydialsearch.com/search?q=Aprovada%20a%20Lei%20Afonso%20Arinos,%20Lei%20n%201.390 3 – Independência a Argélia, África Na França, a rebelião argelina acabou levando Charles de Gaulle de volta ao poder: em 1958, ele decretou maiores direitos para os cidadãos muçulmanos da Argélia e, um ano depois, já falava do direito da Argélia à autodeterminação. O resto foi uma questão de tempo: a França iniciou as negociações com a FLN em 1961, depois que seus líderes foram libertados das prisões. Na primavera europeia de 1962, foi acertado um plebiscito, realizado a 1º de julho. Seis milhões de argelinos votaram a favor da independência e apenas 16 mil foram contrários a ela. Em seguida, os políticos argelinos assumiram o poder em Argel e a maioria dos europeus deixou o país. http://www.dw.com/pt/1954-in%C3%ADcio-da-guerra-de-independ%C3%AAncia-da-arg%C3%A9lia/a-314126 05 - Independência de Cabo Verde Em 5 de junho de 1975, foi proclamada a Independência de Cabo Verde, território colonizado pelo Império Português a partir de meados do século XV. O surgimento do Partido Africano Para a Independência da Guiné e Cabo Verde – PAIGC – serviu para congregar e lutar pelas aspirações de autonomia e independência nos Territórios insulares de Cabo Verde e da Guiné-Bissau a partir de 1956. Com o advento do 25 de abril e, por conseguinte, o fim da Guerra Colonial, a independência do Arquipélago viria a concretizar-se http://media.rtp.pt/memoriasdarevolucao/acontecimento/proclamacao-da-independencia-de-cabo-verde/ 06 – Morre, em Salvador na Bahia, Castro Alves, em 1871. Antônio Frederico de Castro Alves (Curralinho, 14 de março de 1847 — Salvador, 6 de julho de 1871) foi um poeta brasileiro. Nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho", hoje Castro Alves, no estado da Bahia. Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". Foi o nosso mais inspirado poeta condoreiro. O retorno à Bahia Em fevereiro de 1870 seguiu para Curralinho para melhorar a tuberculose que se agravara, viveu na fazenda Santa Isabel, em Itaberaba. Em setembro, voltou para Salvador. Ainda leria, em outubro, A cachoeira de Paulo Afonso para um grupo de amigos, e lançou Espumas flutuantes. Mas pouco durou. Sua última aparição em público foi em 10 de fevereiro de 1871 numa récita beneficente. Morreu às três e meia da tarde, no solar da família no Sodré, Salvador, Bahia, em 6 de julho de 1871. Seus escritos póstumos incluem apenas um volume de versos: A Cachoeira de Paulo Afonso (1876),Os Escravos (1883) e, mais tarde, Hinos do Equador (1921). É patrono da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras. http://search.easydialsearch.com/search?q=Morre,%20em%20Salvador%20na%20Bahia,%20Castro%20Alves, 07 – Leitura em frente ao Teatro Municipal em São Paulo, de Carta Aberta à Nação, contra o racismo, o que marca a inauguração do Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (MNUCDR), depois MNU, em 1978. 07 – Nascimento de Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, em Serra Talhada, Pernambuco, em 1898. 08 - Fundação do Instituto de Pesquisas da Cultura Negra (IPCN), Rio de Janeiro / 1975 10 – Nascimento do escultor popular Mestre Vitalino Pereira dos Santos. Vitalino Pereira dos Santos foi um homem despretensioso sobre o futuro sua arte. Ele nasceu no dia 10 de julho de 1909 no distrito de Ribeira dos Campos, nas cercanias da cidade de Caruaru, Pernambuco. Sua história com o barro começou cedo, tinha apenas 6 anos de idade; aprendeu com sua mãe, Dona Josefa, que além de lavradora era louceira. Vitalino aproveitava as sobras do barro utilizado por sua mãe na fabricação de pratos, tijelas, panelas e potes. No começo fazia pequenos animais, como bois e cavalos que os irmãos levavam para vender na feira. Com o tempo, o mestre passou a aprimorar sua técnica e começou a retratar várias cenas do cotidiano da região. Os especialistas da obra de Vitalino contabilizam mais de 130 temas retratados pelo mestre. Sua vida foi como a de muitos nordestinos: pobre, não frequentou a escola porque tinha que ajudar seus pais na lavoura. Fisicamente também não se distinguia muito dos demais homens da região: baixo e franzino, cor parda, pele áspera e queimada do sol. Casou-se aos 22 anos de idade com Joana Maria da Conceição, a Joaninha, com que teve 16 filhos, dos quais apenas 6 sobreviveram. Após 17 anos de casamento deixou o sítio Campos e se mudou para o Alto do Moura, comunidade localizada a 7 Km de Caruaru, onde passou o resto de sua vida. No Alto do Moura sua obra passou a ter mais destaque, ele era muito admirado pelos demais moradores do lugar. Todos queriam ver de perto seu trabalho e aprender com o mestre. Na década de 40 as obras do Mestre Vitalino ganharam grande notoriedade na região Sudeste a partir de uma Exposição de Cerâmica Popular Pernambucana, organizada por Augusto Rodrigues no Rio de Janeiro em 1947. Depois em São Paulo expôs no Museu de Arte de São Paulo - MASP em 1949. Depois disso, a obra de Vitalino caiu no gosto das elites e virou noticia na imprensa nacional; isso fez com que a feira de Caruaru, local onde o mestre comercializava suas peças, tornasse uma atração turística. Em 1960, Vitalino fez sua primeira viagem de avião para o Rio de Janeiro. Durante os 15 dias que permaneceu na cidade, compareceu a jantares, exposições, entrevistas e programas de televisão. Essa seria a época do apogeu da obra de Vitalino, do qual ele parecia não ter muita consciência. Como prova disso está o fato do mestre só ter passado a assinar suas peças depois de ter sido aconselhado por Abelardo Rodrigues, pois um dia aquele trabalho poderia valer muito. Depois da viagem ao Rio, vieram outras como a Brasília e de São Paulo. Vitalino ganhava o Brasil e o mundo, mas infelizmente seu tempo de vida a partir desta época foi muito curto. Vitalino morreu em 1963, aos 57 anos, vítima de varíola, do descaso e da falta de conhecimento. Como ocorre na maioria dos casos, o reconhecimento da obra do Mestre Vitalino ganhou ainda mais importância e notoriedade após a sua morte. Suas obras mais famosas são o Violeiro, o Boi, o Trio pé de serra, o Enterro na rede, o Cavalo-marinho, o Casal no boi, os Noivos a cavalo, o Caçador de onça, a Família lavrando a terra, Lampião e Maria Bonita, dentre outras. https://cse.google.com.br/cse?cx=partner-pub-5835373847184672%3A5hm4d0dqmsn&ie=ISO-8859-1&q=Nascimento+do+escultor+popular+Mestre+Vitalino+Pereira+dos+Santos%2C+em+1909.&sa=Pesquisar&siteurl=entrada.com.br%2F%3Fcase%3D4&ref=&ss=#gsc.tab=0&gsc.q=Nascimento%20do%20escultor%20popular%20Mestre%20Vitalino%20Pereira%20dos%20Santos%2C%20em%201909.&gsc.page=1 10 – Libertação dos escravos da Amazônia, em 1884. Nessa data o Amazonas libertou seus escravos, tornando-se o segundo Estado brasileiro a proclamar a libertação dos escravos, atrás somente do Estado do Ceará, e, quatro anos antes da Lei Áurea ser sancionada pela Princesa Isabel, ocorrida somente em 1888. Foi com a nomeação do Presidente Theodoreto Carlos de Farias Souto, para a Província do Amazonas, em fevereiro de 1884, que se deu a proliferação das sociedades abolicionistas, na capital e no interior, quando se juntaram à Sociedade Emancipadora Amazonense (1870) e à Libertadora (1881). No dia 10 de julho de 1884 foi decretada a extinção da escravatura pelo então governador da Província do Amazonas Theodoreto Carlos de Faria Souto. Os membros da “Sociedade Emancipadora Amazonense”, desde março de 1880, destacando-se Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha, Miguel Gomes de Figueiredo, José Coelho de Miranda Leão, José de Lima Penantes e Augusto Elíseo de Castro Fonseca, vinham fazendo constar em todos os orçamentos da Província dotações específicas na lista de suas despesas, destinadas à libertação dos escravos, através da compra das cartas de alforria, entregues sempre em festas solenes, para maior retumbância do acontecimento, sendo rara as solenidades ou quaisquer evento público em que não fossem incluídas. Como, por disposições legais através de pesadas taxas, dificultava-se entradas de escravos no território amazonense, muito rapidamente se foi diminuído seu número na região. Existia também o jornal “Abolicionista Amazonense” que teria, na opinião pública, a devida repercussão; assim como missões de alforria pelos rios Purus, Madeira e Solimões. Efetivamente, o Amazonas ao libertar seus escravos, dava um grande e pioneiro passo à igualdade social do homem em terras brasileiras. http://noamazonaseassim.com.br/10-de-julho-de-1884-libertacao-dos-escravos-no-amazonas/ 12 - Independência de São Tomé e Príncipe A República Democrática de São Tomé e Príncipe alcançou a sua independência em 1975, depois de séculos de domínio colonial por parte dos Portugueses. Após a independência, o País viveu momentos de comunismo, o que teve como consequência uma restrita aproximação ao resto do mundo. Em 1991 deram-se as primeiras eleições democráticas, as ligações exteriores foram intensificadas e o turismo começou a aparecer. https://guiaturisticostp.wordpress.com/2014/04/10/um-pequeno-breafing/ 15 – Primeira Conferência sobre a Mulher Negra nas Américas, no Equador, em 1984. 17 – Grande Otelo, um dos maiores atores negros do Brasil, recebe o título de “Cidadão Paulistano”, em 1978. 18 – Nasce o líder sul africano, Nelson Mandela, em 1918. Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de1918 — Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993, e pai da moderna nação sul-africana,[2] onde é normalmente referido como Madiba (nome do seu clã) ou "Tata" (Pai). Nascido numa família de nobreza tribal, numa pequena aldeia do interior onde possivelmente viria a ocupar cargo de chefia, recusou esse destino aos 23 anos ao seguir para a capital, Joanesburgo, e iniciar sua atuação política.[3] Passando do interior rural para uma vida rebelde na faculdade, transformou-se em jovem advogado na capital e líder da resistência não violenta da juventude, acabando como réu em um infame julgamento por traição. Foragido, tornou-se depois o prisioneiro mais famoso do mundo e, finalmente, o político mais galardoado em vida, responsável pela refundação do seu país, como uma sociedade multiétnica. Mandela passou 27 anos na prisão - inicialmente em Robben Island e, mais tarde, nas prisões de Pollsmoor e Victor Verster. Depois de uma campanha internacional, ele foi libertado em 1990, quando recrudescia a guerra civil em seu país. Em dezembro de 2013, foi revelado pelo The New York Times que a CIA americana foi a força decisiva para a prisão de Mandela em 1962, quando agentes americanos foram empregados para auxiliar as forças de segurança da África do Sul e para localizá-lo. Até 2009, ele havia dedicado 67 anos de sua vida à causa que defendeu como advogado dos direitos humanos e pela qual se tornou prisioneiro de um regime de segregação racial, até ser eleito o primeiro presidente da África do Sul livre. Em sua homenagem, a Organização das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional Nelson Mandela no dia de seu nascimento, 18 de julho, como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela justiça e pela democracia. Mandela foi uma figura controversa durante grande parte da sua vida. Denunciado como sendo um terrorista comunista por seus críticos, ele acabou sendo aclamado internacionalmente por seu ativismo e recebeu mais de 250 prêmios e condecorações, incluindo o Nobel da Paz em 1993, Presidential Medal of Freedom dos Estados Unidos e a Ordem de Leninda União Soviética. Seus críticos apontam seus traços egocêntricos e o fato de seu governo ter sido amigo de ditadores simpáticos ao Congresso Nacional Africano (CNA). Em sua vida privada, enfrentou dramas pessoais mas permaneceu fiel ao dever de conduzir seu país. Foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência. No dizer de Ali Abdessalam Treki, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, "um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo". https://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Mandela 24 – Nasce o poeta Solano Trindade, em Pernambuco, em 1908. Nasceu no dia 24 de julho de 1908, no bairro de São José, no Recife (PE). Além de poeta, foi pintor, teatrólogo, ator e folclorista. Legítimo poeta da resistência negra por excelência. Em 1930, começa a compor poemas afro-brasileiros. Em1934, participa do I e do II Congresso Afro-Brasileiro, no Recife e Salvador. Em 1936, fundou a Frente Negra Pernambucana e o Centro de Cultura Afro-brasileiro, para divulgação dos intelectuais e artistas negros. Em 1940, transfere-se para Belo Horizonte. Depois chega ao Rio Grande do Sul, fixando-se por um tempo em Pelotas, onde funda com o poeta Balduíno de Oliveira um grupo de arte popular, que não foi avante por causa das enchentes. Retornou ao Recife em 1941, mas logo foi para o Rio de Janeiro, onde faz sucesso no "Café Vermelhinho". Em 1945, funda o Comitê Democrático Afro-brasileiro, com Raimundo Souza Dantas, Aladir Custódio e Corsino de Brito. Em 1954, está em São Paulo, criando na cidade de Embu, um pólo de cultura e tradições afro-americanas. Em São Paulo também funda o Teatro Popular Brasileiro – TPB, onde desenvolveu intensa atividade cultural voltada para o folclore e para a denúncia do racismo. Em 1955, viaja para a Europa, com o TPB, onde dá espetáculos de canto e dança. Faleceu no Rio de janeiro, em 19 de fevereiro de 1974. Página preparada gentilmente pelo poeta Salomão Sousa. Fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/pernambuco/solano_trindade.html 25 – Dia Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha. Em 1992, na República Dominicana, aconteceu o I Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas. Com a representação de 70 países, o Encontro foi realizado com o objetivo de se debater as problemáticas e lutas específicas das mulheres negras destes países, já que os movimentos de luta feminista da Europa não incluíam as demandas das mulheres negras em seus debates. Como resultado do Encontro, estabeleceu-se não somente a criação de uma rede de mulheres da América Latina e do Caribe, como também a definição da data 25 de julho como marco internacional das lutas, resistência e organização destas mulheres. Por Ana Paula Santos e Sarah Sanches Fonte: https://www.ufrb.edu.br/propaae/arquivo-de-noticias/563-dia-internacional-da-mulher-negra-latino-americana-e-caribenha 25 - Dia Nacional de Teresa de Benguela Teresa de Benguela foi uma líder quilombola que viveu no atual estado do Mato Grosso, no Brasil, durante o século 18. Foi esposa de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho (ou do Quariterê), entre o rio Guaporé (a atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia) e a atual cidade deCuiabá. Com a morte de José Piolho, Teresa se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada. Administração A rainha Teresa comandou a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou resgatadas das vilas próximas. Os objetos de ferro utilizados contra a comunidade negra que lá se refugiava eram transformados em instrumento de trabalho, visto que dominavam o uso da forja. O Quilombo do Guariterê, além do parlamento e de um conselheiro para a rainha, desenvolvia agricultura de algodão e possuía teares onde se fabricavam tecidos que eram comercializados fora dos quilombos, como também os alimentos excedentes. O dia de 25 de julho é instituído no Brasil pela Lei número 12.987 como o Dia Nacional de Teresa de Benguela e da Mulher Negra. Referências 1. «Quem foi Tereza de Benguela». www.geledes.org.br. Geledes.org.br. 2. Lei 12.987 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12987.htm 26 - Independência da Libéria, África A Primeira Independência Africana A 26 de Julho de 1847 a Libéria declarou a sua independência, assumindo a forma de uma República Presidencial, cuja Constituição foi decalcada a partir da Constituição dos Estados Unidos da América. Joseph Jenkins Roberts foi o primeiro Presidente deste país africano, exercendo funções até 1856. O reconhecimento da independência da Libéria pelos países mais importantes da época ocorreu entre 1848 e 1862, respectivamente pela Grã-Bretanha, França e Estados Unidos. http://www.diario-universal.com/2009/07/aconteceu/liberia-a-primeira-independencia-africana/

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