terça-feira, 5 de maio de 2015

Garotos “perderam a conta” dos estupros sofridos por tropas internacionais

Os horrores e a impunidade que se vê nesse artigo, nos transporta ao desespero de saber que os enviados para dar segurança e levar ajuda, não passam de monstros que cometem crimes hediondos e continuam acobertados pelos órgãos oficiais. Essas denúncias devem continuar sendo feitas, e uma união internacional das pessoas que não se conformam com tais atitudes deve tomar corpo e ampliar o trabalho de denúncia e cobrança de uma atitude da ONU, que vem sendo conivente com essas monstruosidades. o mundo precisa se unir e agir contra essas atitudes. Maria Geneci Silveira Segue o relato: Relatos de crianças de nove anos revelam que as tropas internacionais enviadas à República Centro Africana promoveram estupros quase diários e até mesmo dentro de suas unidades militares, enquanto estavam sob o mandato da ONU para proteger os refugiados em total desespero em Bangui. Por Jamil Chade , do Estadão Este blog obteve trechos das entrevistas realizadas com as vítimas e que revelam que os crimes não ocorreram apenas de forma isolada. Na semana passada, a ONU afastou um de seus funcionários de alto escalão, Anders Kompass, sob a alegação de que ele entregou documentos confidenciais da investigação para a Justiça francesa, apontando para os responsáveis pelos crimes. Os soldados eram franceses e atuavam sob um mandato da ONU em 2014. Entre maio e junho do ano passado, uma equipe das Nações Unidas entrevistou seis crianças nos campos de refugiados e que teriam sido alvos de abusos ou testemunhas. O que os relatos apontam é uma vida de terror. Segundo um garoto de apenas nove anos, os estupros contra ele eram frequentes. Em sua explicação, ele revela que “perdeu a conta” das vezes em que foi abusado. Em todas as ocasiões, a situação era parecida. Em troca de comida, ele era obrigado a se humilhar diante do soldado francês. Os relatos apontam que os abusos ocorriam em plena luz do dia. Um deles revelou que foi estuprado em uma rua, enquanto outro garoto contou que dois soldados alternavam entre quem o violentava e quem monitorava o local para impedir que fossem vistos. Um outro caso ainda aponta que um garoto se aproximou de um soldado para pedir comida. A resposta: “venha comigo que vou te dar”. O menino foi levado para dentro da caserna dos franceses e, ali, estuprado. Quase um ano depois dos fatos terem sido registrados, a realidade é que ninguém foi punido, nem na França e nem na ONU. Na verdade, um deles foi sim afastado: a pessoa que denunciou os atos. 5/5/2015 Geledés Instituto da Mulher Negra Leia a matéria completa em: - Geledés Follow us: @geledes on Twitter | geledes on Facebook

domingo, 22 de março de 2015

Brasil reconhece extermínio da juventude negra em audiência na OEA

- Relatora da OEA diz que redução da maioridade penal é retrocesso. do Global Nesta sexta-feira, 20/03, em audiência temática na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre assassinato de jovens negros no Brasil, representantes do Governo brasileiro admitiram o cenário de extermínio no país. O Secretário de Políticas de Ações Afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ronaldo Crispim Sena Barros, assumiu que “o Governo Federal avalia que parte da elevada taxa de homicídio dos jovens negros deve ser atribuída ao racismo”. O país registra homicídio de 30 mil jovens por ano, segundo dados do Mapa da Violência 2014, dessas mortes quase 80% das vítimas eram negras. Embora tenha reconhecido o extermínio, durante a audiência, realizada à pedido da Anced/Seção DCI – Associação Nacional dos Centros de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente, o Estado se calou quando foram apresentadas graves denúncias de violações de direitos humanos relacionadas ao sistema socioeducativo, como os casos nos estados do Maranhão, Ceará e Pernambuco, que envolvem desde adolescentes feridos com armas de fogo dentro das unidades, incluindo maus tratos e torturas. Outro ponto abordado na audiência foi o desarquivamento da PEC 171/93, que prevê a redução da maioridade penal, medida claramente contrária aos direitos humanos das crianças e adolescentes. A relatora para criança e adolescente da OEA, Rosa María Ortiz, ressaltou a necessidade do governo brasileiro em adotar medidas efetivas para evitar esse grande retrocesso. “Em lugar de retroceder, é necessário progredir na proteção dos direitos, sobretudo dos jovens, sobretudo dos jovens negros”, afirmou. Além do encarceramento em massa de jovens negros no sistema socioeducativo, as organizações destacaram a necessidade de aprovação do PL 4471 que extingue o auto de resistência, principal argumento da polícia brasileira para assassinar jovens negros, principalmente nas periferias. Rosa-Marie Belle Antoine, relatora para os direitos das populações afrodescendentes, lembrou das recomendações já feitas pela ONU sobre a Polícia Militar e a institucionalização do racismo no Brasil e questionou quais as estratégias práticas que o Estado apresenta para reduzir as violações. A relatora, disse ainda para o Governo Brasileiro que “reconhecer o problema é uma coisa, evitar é outra”. As organizações pediram à CIDH que reforce as recomendações do fim da polícia militar, pelo fim dos auto de resistência e contra a redução da maioridade penal. Participaram da audiência representantes da Anced/Seção DCI, Justiça Global e Campanha Reaja ou Será Morta/ Quilombo X. A audiência está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=OF-_n_T9A2Y&t=1526 Assista também o vídeo apresentado no início da audiência com o depoimento de mães que tiveram seus filhos vitimados pela violência do Estado: https://www.youtube.com/watch?v=9lNssYcgYYA 22/3/2015Geledés Instituto da Mulher Negra

sábado, 21 de março de 2015

‘Brasil perde um adolescente por hora, 24 por dia’, alerta chefe do UNICEF no país

Publicado em 03/03/2015 Atualizado em 04/03/2015 Em artigo de opinião no UOL, Gary Stahl chama a atenção para o número alarmante de adolescentes assassinados e ressalta que, se nada for feito, mais 42 mil podem perder a vida até 2019. “Estamos diante de um quadro alarmante e complexo”, afirma Stahl. Os homicídios já representam 36,5% das causas de morte de adolescentes brasileiros. Hoje, o Brasil perde um adolescente por hora, totalizando 24 mortos por dia. Para chamar a atenção sobre este alto índice de mortalidade, o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Brasil, Gary Stahl, publicou, nesta nesta terça-feira (03), um artigo lembrando que os homicídios já respondem por 36,5% da causa de mortalidade nesta faixa etária no país. “A violência contra a população mais jovem coloca o Brasil em um paradoxo. O país é um caso de sucesso mundial no enfrentamento à mortalidade infantil, mas figura em segundo lugar em número absoluto de homicídios de adolescentes, atrás apenas da Nigéria”, sublinhou Stahl, adicionando que entre 2006 e 2012, 33, mil adolescentes foram assassinados. Stahl citou, em seu artigo publicado no portal UOL, que o país é referência internacional no combate à pobreza e na melhoria de vida de sua população, o que garante que a expectativa de vida média do brasileiro seja de quase 75 anos. No entanto, é o sexto no mundo em taxa de homicídio de crianças e adolescentes, atrás apenas de países como El Salvador. Isso significa que, para uma parte da população brasileira, a expectativa de vida é de apenas 18 anos de idade. O Índice de Homicídios na Adolescência, desenvolvido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, pelo UNICEF e pelo Observatório de Favelas e pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ajuda a cruzar dados estatísticos para antecipar o número de adolescentes em risco. O último índice divulgado aponta um quadro desolador: 42 mil adolescentes brasileiros poderão ser mortos violentamente entre 2013 e 2019 se as condições atuais do país prevaleceram. Adolescentes negros: três vezes mais chances de morrer No artigo, Stahl destacou que as vítimas tendem a ser adolescentes e jovens negros, que moram nas periferias das cidades, que pela cor de sua pele e condição social, têm três vezes mais chance de morrer assassinados do que um adolescente branco. “Estamos diante de um quadro alarmante e complexo. Por isso, o pacto proposto pelo governo federal para os três níveis de governo, incluindo Executivo, Legislativo e Judiciário, é crucial nesse momento. E o Congresso Nacional, que recomeça seus trabalhos, pode desempenhar um papel decisivo nessa frente”, adicionou. O chefe do UNICEF no Brasil citou uma séria de projetos levados para votação neste ano que poderão melhorar o combate à violência e a investigação de mortes e lesões corporais decorrentes do uso da força por agentes do Estado, ajudando a pôr fim a impunidade. “É preciso também criar e fortalecer políticas que garantam integralmente todos os direitos dessa população, priorizando os mais vulneráveis. Uma frente é a construção de planos estaduais e municipais de redução dos homicídios contra os adolescentes”, afirmou. O UNICEF, por exemplo, já começou a apoiar municípios dos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia a elaborar planos com ações concretas pelo fim das mortes dos adolescentes. A própria inclusão dos adolescentes nos processos participativos e decisórios ajuda a reduzir sua vulnerabilidade e aumentar a efetividade de políticas públicas, uma ação incentivada pela agência da ONU tanto no Brasil como em outros países do mundo. “Nesse ano em que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) completa 25 anos, o país tem apenas dois caminhos a seguir. Pode continuar sendo um espectador de um grande número de mortes anunciadas. Ou pode definir esse tema como prioridade e agir de forma enérgica para garantir o direito à vida de 42 mil adolescentes brasileiros até 2019”, pediu Stahl. “Qualquer que seja o caminho, uma coisa é certa: será uma decisão com efeitos profundos e irreversíveis na vida de todos os brasileiros”.

Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

O presidente do CNJ e do STF, ministro Ricardo Lewandowski, assinou, na quarta-feira (18/3), uma instrução normativa e uma resolução que destinam a candidatos negros 20% das vagas ofertadas para cargos efetivos no Conselho e na Suprema Corte em concursos públicos, respectivamente. “Uma das maneiras de se fazer cumprir o princípio da igualdade é “promover a integração racial de forma absolutamente completa e de forma que não possa dar margem a dúvidas quaisquer, recuperando uma dívida multissecular com aqueles que foram trazidos à força de outro continente” afirmou o presidente. Saiba mais: www.cnj.jus.br/876d.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Familiares pedem justiça pela morte de jovem após partida de futebol, em Caxias do Sul/RS

Familiares e amigos de Aldair Inácio da Silva, 20 anos, morto a tiros na noite de sábado, protestaram no início da tarde desta terça-feira em frente ao Palácio da Polícia, em Caxias. Eles seguravam cartazes com os dizeres: "Aldair: nosso eterno jogador" e "Prisão para esse covarde". Além disso, os manifestantes pediram justiça através de cartaz que foi colado na calçada. Durante o protesto, os manifestantes gritavam "justiça" e "assassino, cadeia é o teu destino". A intenção dos amigos e familiares de Aldair era chegar ao palácio no fim do depoimento do suspeito do assassinato à polícia, que foi cancelado pelo advogado. A oitiva ainda não foi remarcada. Mesmo assim, os participantes mantiveram a manifestação. — Não vamos ficar calados. Vamos batalhar e pressionar para que a justiça seja rápida. Ele (o suspeito) está fazendo o que quer. Como pode um homem que matou uma pessoa estar solto 48 horas depois? Que justiça é essa? — protesta Bárbara de Quadros Nava, 25 anos, prima da vítima. A mãe da vítima, Patrícia da Silva, 35, disse que ainda estava em estado de choque. — Não caiu a ficha. Ainda espero ele chegar em casa no fim do dia — falou. Jornal Pioneiro - Manifestação10/02/2015 | 12h30 Manuela Teixeira manuela.teixeira@pioneiro.com

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Jovem assassinado a tiros após partida de futebol é velado em Caxias do Sul/RS

Alguém julgando ter o poder que somente o Criador tem decidiu tirar a vida covardemente, do nosso jovem Aldair, filho de Patrícia da Silva (MNU/Seção Caxias do Sul), neto de Jussara Quadros da Coordenação Estadual do MNU/RS, sobrinho de Caren Daiane, também do MNU. Como pode uma pessoa pensar que seu filho é melhor que o outro? A cor da pele foi o fator primordial para esse entendimento torpe. Perdemos o Aldair(Alda), mas o executor ganhará uma vida inteira para ser lembrado e lembrar todos os dias que é um assassino. Tirou, interrompeu, a vida de um semelhante, filho, neto, irmão sobrinho, tio de alguém que devido ao seu ato cruel, nunca mais poderão vê-lo. O assassino verá seu filho todos os dias, que crescerá forte e saudável, direito que foi tirado da mãe dos familiares e amigos de Aldair, por suas mãos. Esse sangue será marca indelével em sua vida. Nós aqui clamamos por justiça. Que esse não seja mais um caso de morte de um jovem negro que fique sem punição, ou com pena leve por ter bons antecedentes, trabalho e residência fixa, como já está providenciado pelo advogado do acusado. É necessário dar um basta ao genocídio dos jovens negros. É preciso dar um fim a discriminação racial, e que seres humanos entendam e respeitem a diversidade. O Movimento Negro Unificado continua na luta pelo combate ao racismo. Ainda temos muito a fazer e, quando uns não estiverem mais aqui, os mais jovens terão que dar continuidade a essa luta que ainda deverá ser mantida por muito tempo e com o mesmo afinco, até que um dia chegue a tão esperada igualdade. Salve Aldair! Jamais te esqueceremos. Retiro do Jornal Pioneiro as informações que transcrevo abaixo: Aldair Inácio da Silva foi atingido por três disparos, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. O jovem morava no bairro Floresta, em Caxias, e trabalhava em Flores da Cunha. Aldair Inácio da Silva trabalhava na produção de uma fábrica de portas, em Flores da Cunha, e cursava o ensino médio na Escola de Ensino Supletivo Mauá. Ele tinha uma namorada de 17 anos e morava com a avó, a mãe, uma irmã e um tio no bairro Floresta. Descrito por amigos e familiares como uma pessoa tímida e trabalhadora, Aldair gostava de jogar futebol e tinha passagem em times de Caxias, da região e da Itália. De acordo com amigos que presenciaram os disparos, os tiros teriam sido efetuados pelo pai de um jogador do time adversário, após um desentendimento durante a partida. O crime ocorreu por volta das 20h30 min na Rua Ludovico Cavinatto, bairro Santa Catarina. Aldair foi atingido por três disparos, sendo dois no tórax e um no braço esquerdo. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital do Círculo. Abalada, a família de Aldair Inácio da Silva ainda tenta entender como o jovem de 20 anos foi assassinado durante um dos maiores prazeres do rapaz: jogar futebol. Aldair foi morto a tiros após um desentendimento durante uma partida na noite deste sábado, em uma quadra de futebol. — Ainda não caiu a ficha. É como se não tivesse ocorrido — diz emocionada a avó do rapaz, Juçara de Quadros, durante o velório. De acordo com amigos da vítima que participaram da partida, Aldair havia cometido uma falta em um jogador do time adversário, o que teria motivado a revolta de outro atleta do time contrário, que passou a provocar o rapaz. A partida acabou com uma briga entre a vítima e o jogador que o provocava. Os dois trocaram socos. De acordo com os relatos, o pai do outro jovem entrou na briga e também trocou socos com Aldair. Eles foram separados pelos outros rapazes. O homem saiu da quadra e os times foram para os vestiários. Na saída da quadra, o pai do jovem envolvido na briga esperava Aldair na rua. Quando viram que o homem estava armado, o rapaz e os amigos entraram no carro. Aldair, que estava no banco de trás, foi atingido por três tiros. — Quando saímos, ele (o homem que teria atirado) começou a dizer “E aí machão? E agora?”. Vimos que ele tinha uma arma e entramos no carro. Ele deu a volta e atirou contra o vidro, em direção a Aldair — lembra um dos jovens que presenciou a cena. Aldair foi levado pelos amigos ao Hospital do Círculo, onde morreu. O rapaz foi acompanhado pela namorada, de 17 anos. — Eu falava com ele, e ele não respondia. Ele tinha dificuldade de respirar — lembra a menina. De acordo com a delegada plantonista, Marinês Trevisan, não foi feito perícia no local porque a cena do crime não foi preservada, já que o carro onde houve os disparos foi o utilizado para levar Aldair ao hospital. O veículo, um Gol, foi recolhido para perícia. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios. Abalada, a família de Aldair Inácio da Silva ainda tenta entender como o jovem de 20 anos foi assassinado durante um dos maiores prazeres do rapaz: jogar futebol. www.pioneiro.com 08/020152

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Bob Marley

Bob Marley, nascido Robert Nesta Marley, Nine Mile, nascido em 6 de fevereiro de 1945, falecido em Miami, 11 de maio de 1981, foi um cantor, guitarrista e compositorjamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o gênero. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos. Bob foi casado com Rita Marley, uma das ''I Threes'', que passaram a cantar com os Wailers depois que eles alcançaram sucesso internacional. Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos (dois deles adotados), os renomados Ziggy e Stephen Marley, que continuam o legado musical de seu pai na bandaMelody Makers. Outros de seus filhos, Kymani Marley, Julian Marley e Damian Marley (vulgo Jr. Gong) também seguiram carreira musical. Foi eleito pela revista Rolling Stone o 11º maior artista da música de todos os tempos. Bob Marley nasceu em 6 de fevereiro de 1945 em Saint Ann, no interior da Jamaica, filho de Norval Sinclair Marley, um militar branco, capitão do exército inglês e Cedella Booker, uma adolescentenegra vinda do norte do país. Cedella e Norval estavam de casamento marcado para 9 de julho de1944. No dia seguinte ao seu casamento, Norval abandonou-a, porém continuou dando apoio financeiro para sua mulher e filho. Raramente os via, pois estava constantemente viajando. Após a morte de Norval em 1955, Marley e sua mãe se mudaram para Trenchtown, uma favela de Kingston, onde o garoto era provocado pelos negros locais por ser mulato e ter baixa estatura (1,63 m). Bob teve uma juventude muito difícil, e isso o ajudou a ter personalidade e um ponto de vista bastante crítico sobre os problemas sociais. Marley começou suas experimentações musicais com o ska e passou aos poucos para o reggaeenquanto o estilo se desenvolvia. Marley é talvez mais conhecido pelo seu trabalho com o grupo de reggae The Wailers, que incluía outros dois célebres músicos, Bunny Wailer e Peter Tosh. Livingstone e Tosh posteriormente deixariam o grupo para iniciarem uma bem-sucedida carreira solo. O trabalho de Bob Marley foi amplamente responsável pela aceitação cultural da música reggae fora da Jamaica. Ele assinou com o selo Island Records, de Chris Blackwell, em 1971, na época uma gravadora bem influente e inovadora. Foi ali, com No Woman, No Cry em 1975, que ele ganhou fama mundial. Em 1976, dois dias antes de um show gratuito organizado por Bob Marley e o então primeiro-ministro jamaicanoMichael Manley durante as eleições gerais, Marley, sua esposa Rita e o empresário Don Taylor foram baleados na residência do astro em Hope Road. Marley sofreu ferimentos leves no braço e no tórax. Don Taylor levou a maior parte dos tiros em sua perna e torso ao andar acidentalmente na frente da linha de fogo. Ele foi internado em estado grave mas recuperou-se. Rita Marley também foi internada após um grave ferimento na cabeça. Acredita-se que o tiroteio teve motivações políticas (os políticos jamaicanos eram em geral violentos na época, especialmente quando as eleições se aproximavam). O concerto foi visto como um gesto de apoio ao primeiro-ministro, e supostamente Marley foi alvo dos defensores do partido conservador da Jamaica, o Jamaican Labour Party. Bob Marley era adepto da religião rastafári. Ele foi influenciado por sua esposa Rita, e passou a receber os ensinamentos de Mortimer Planno. Ele servia de fato como um missionário rasta (suas ações e músicas demonstram que isso talvez fosse intencional), fazendo com que a religião fosse conhecida internacionalmente. Em suas canções Marley pregava irmandade e paz para toda a humanidade. Antes de morrer ele foi inclusive batizado na Igreja Ortodoxa da Etiópia com o nome Berhane Selassie. Em julho de 1977 Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que ele pensou ter sofrido durante uma partida de futebol. A ferida não cicatrizou, e sua unha posteriormente caiu; foi então que o diagnóstico correto foi feito. Marley na verdade sofria de uma espécie de câncer de pele, chamado melanoma maligno, que se desenvolveu sob sua unha. Os médicos o aconselharam a ter o dedo amputado, mas Marley recusou-se devido aos princípios rastafaris que diziam que os médicos são homens que enganam os ingênuos, fingindo ter o poder de curar. Marley então passou por uma cirurgia para tentar extirpar as células cancerígenas. sua doença foi revelada para seu público. Segundo seu filho Ziggy Marley, Marley se converteu ao cristianismo antes de morrer, em 1977. O motivo seria o de que, segundo a religião rasta, o corpo é um templo sagrado e por isso retirar o câncer seria errado. Marley teria descoberto muitas coisas semelhantes entre o rastafarianismo e o cristianismo e decidido que seu corpo deveria ser cuidado. O próprio Ziggy ainda tenta espalhar o legado de seu pai, com ideais e raízes do rastafarianismo e do reggae, mas com um entendimento cristão.O câncer espalhou-se para seu cérebro, pulmão e estômago. Durante uma turnê no verão de 1980, numa tentativa de se consolidar no mercado norte-americano, Marley desmaiou enquanto corria no Central Park de Nova Iorque. Isso aconteceu depois de uma série de shows na Inglaterra e no Madison Square Garden, mas a doença o impediu de continuar com a grande turnê agendada. Marley procurou ajuda, e decidiu ir para Munique para tratar-se com o controverso especialista Josef Isselspor vários meses, não obtendo resultados.Um mês antes de sua morte, Bob Marley foi premiado com a Ordem ao Mérito Jamaicana. Ele queria passar seus últimos dias em sua terra natal, mas a doença se agravou durante o vôo de volta daAlemanha e Marley teve de ser internado em Miami. Ele faleceu no hospital Cedars of Lebanon no dia11 de maio de 1981 em Miami, Flórida, aos 36 anos. Seu funeral na Jamaica foi uma cerimônia digna de chefes de estado, com elementos combinados da Igreja Ortodoxa da Etiópia e do Rastafarianismo. Ele foi sepultado em uma capela em Nine Mile, perto de sua cidade natal, junto com sua guitarra favorita, uma Fender Stratopeíta vermelha. É considerado por muitos como o primeiro pop star doTerceiro Mundo. Após a sua morte, a data de seu aniversário, o dia 6 de fevereiro, foi decretado feriado nacional na Jamaica. Link: http://www.vagalume.com.br/bob-marley/biografia/#ixzz3QvKO7miy

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