sábado, 11 de junho de 2016
CALENDÁRIO NEGRO MÊS JUNHO
01 – Inauguração do Memorial Zumbi dos Palmares, em Volta Redonda, RJ. O Memorial Zumbi dos Palmares, projetado e assinado pelo Arquiteto Selso Dal Bello, foi inaugurado em 01/06/1990 para ser um centro cultural destinado a resgatar os valores da cultura africana e promover ações afirmativas. Nele são realizadas as atividades culturais e esportivas, como dança afro e capoeira, além de encontros e seminários promovidos pelo movimento negro da região. No local, existe uma estátua do Zumbi dos Palmares, construído em aço projetado pelo artista plástico Rogero Manson. No local também pode ser admirado um painel com motivos da cultural afro, de incomparável beleza, de autoria do artista plástico da região sul-fluminense, professor Clécio Penedo. No salão tem exposições, também se pode ver um interessante trabalho fotográfico sobre os quilombos de Santa Isabel do Rio Preto e Quatis, de autoria do fotógrafo e estudioso da cultura afro, André Sodré. O memorial foi tombado pelo Decreto Municipal n° 4.317 de 29/12/92.
Fonte: http://www.portalvr.com/smc/index.php/espacos-culturais/memorial-zumbi
05 – Dia Mundial do Meio Ambiente, criado pela Resolução nº 2.994, da Assembleia Geral da ONU, em 1972.
10 – Morre o Jamaicano Marcus Garvey, mentor do Pan-Africanismo, em 1940. Completou-se 65 anos da morte do líder Marcus Mosiah Garvey, considerado um dos pais do Pan Africanismo. O caçula de 11 irmãos nasceu em Saint Ann Bay, Jamaica, no dia 17 de agosto de 1887. Seu drama já começa cedo, tendo que conviver com a morte de 9 de seus irmãos, devido às condições socioeconômicas da família.
Apesar de ser considerado ótimo aluno na escola elementar de Saint Ann Bay, sua vida, tem um impulso quando seu padrinho, Alfred Burrowes, proprietário de uma pequena gráfica, começa a dar aulas particulares e ceder livros para sua formação intelectual. Outra grande influência é de seu pai, um membro da maçonaria jamaicana, que também tem sua pequena biblioteca, frequentada pelo filho quase que diariamente.
A infância de Marcus foi simples para padrões da Jamaica. Nadava e praticava esportes com garotos de sua idade. Mas aos 14 anos acaba se apaixonando por uma vizinha da mesma idade e a proibição da família dela de que mantenham os laços, através de correspondências, o marca profundamente como o primeiro ato de discriminação. Na mesma época, Garvey inicia-se na vida profissional como aprendiz de gráfico.
Aos 19 anos, Marcus vai tentar a vida na grande cidade de Kingston onde passa a trabalhar na empresa P.A. Benjamin Limitad. Devido ao seu desempenho, no ano seguinte já é promovido a impressor e contramestre. Mas sua consciência critica o leva participar em 1908 de sua primeira greve. É demitido e nenhuma outra gráfica, num acordo informal – o contrata. Só consegue emprego numa gráfica pertencente ao governo jamaicano.
O militante negro começou sua carreira de jornalista através do jornal Watchman e depois escreve para o respeitado National Club Of Jamaica.
No ano de 1910, Marcus tem sua primeira chance de viajar para o exterior, indo para Costa Rica, como fiscal de plantações de banana. No campo, percebeu as péssimas condições de vida dos trabalhadores negros. Sua indignação aumentou ao visitar a Guatemala, Panamá, Nicarágua, Equador, Chile e Peru onde trabalhadores de outras etnias eram explorados.
Cansado de só assistir, Marcus, publica artigos nos jornais La Nacionale – Costa Rica e La Prensa no Panamá, mas sem obter repercussão. Ele é incompreendido nesses países e em sua terra natal.
Dois anos depois Marcus muda-se para Londres, junto com sua irmã, Indiana, onde toma contato pela primeira vez, através dos emigrantes africanos, com a Arte e Cultura de diversas etnias da África. Também é na capital do império inglês, que o militante conhece noticias sobre a condição social dos afro americanos e o sistema de segregação vigente.
Desse período a amizade que mais lhe influencia é a do nacionalista egípcio Duse Muhammad, autor do The African And Orient Review – que tem na proposta, a revisão na forma que a historia da África é contada até então. Também foi em Londres que tomou contato com a obra de Booker T. Washington – um dos pensadores do Movimento Pan Africano.
Já de volta a Jamaica, no dia 1 de agosto, Marcus funda a Universal Negro Improvement Association – que ficou conhecida como UNIA – com o lema – Um Deus, Uma Inspiração, Um destino! A Organização Não Governamental tinha como objetivos; promover a consciência negra, lutar pelo desenvolvimento econômico da África, e incentivar a criação de estabelecimentos de ensino negros que ensinassem também línguas africanas. A sede humilde da entidade foi no numero 30 da Rua Charles, em Kingston. Depois a entidade se mudou para a Rua king, no prédio chamado Liberty Hall.
Mas o sucesso não foi imediato, pois seus compatriotas negros, não acreditavam em suas idéias. Garvey respondia que eles queriam mesmo é continuar tentando serem reconhecidos como cidadãos brancos.
Em 1916, Marcus parte para os Estados Unidos, para se encontrar com o seu considerado mentor, Booker Washington, que infelizmente devido a problemas de saúde, falece antes de reencontrar o pupilo. Mas em terras norte-americanas, Marcus passa a divulgar suas idéias em forma de palestras, viajando pelos Estados Unidos a convite de comunidades negras.
Na terra dos ianques, a ONG UNIA aumenta seus filiados e subsedes, alcançando o numero de 1.100, em mais de 40 paises. Existiam escritórios da entidade nas Américas Central e do Sul e África. No Harlem, bairro pobre de Nova Iorque, ele publica pela primeira vez o jornal Negro World, com idéias revolucionárias de nacionalismo negro. O periódico chegou distribuir 50 mil exemplares por edição.
Na influencia do Negro World, surgiram outras publicações nos Estados Unidos – The Daily Negro Times, The Blackman, The Jamaican e The Black Man Magazine. Ele escrevia “para cima, você raça poderosa, você pode realizar o que quiser”.
No dia 18 de agosto de 1920, Marcus é eleito simbolicamente presidente provisório da África, onde ele aproveita a cerimônia para denunciar a situação de miserabilidade dos países africanos e das ex-colônias europeias na América. Mas Garvey era proibido de pisar nos países africanos ou em colônias ingleses, devido sua fama de revolucionário. Mesmo assim chega a redigir e divulgar uma Declaração Universal dos Direitos dos Negros.
Era considerado um excelente orador, pregando o orgulho negro e o desenvolvimento econômico da África, com ajuda de todos afro-descendentes espalhados pelo mundo. Um conceito correspondente ao nacionalismo dos judeus que depois conseguiram fundar Israel, ocupando a Palestina. Garvey dizia “Somos descendentes de um povo sofrido”. Somos os descendentes de um povo decidido a não mais sofrer. Etiópia “é a terra de nossos pais”. Uma idéia defendida por rastafaris.
Os seguidores de Marcus eram denominados garveistas, que defendia inclusive o questionamento da Bíblia Sagrada, alegando que há uma deturpação das escrituras sagradas do aramaico, quando descreve, Adão, Abrão e Jesus, como brancos. Até uma versão negra da bíblia foi editada – Holy Piby.
Nos Estados Unidos, Garvey funda a Line Black Star – uma companhia de navios a vapor, que tinha uma linha entre Estados Unidos e Jamaica – destinada só para passageiros negros. O negocio se revelou rentável, movimentando em seu auge milhões de dólares e despertando inveja dos concorrentes. Mas em 1922 acabou falindo, num caso mal explicado de suposta fraude do correio e levando o líder para cadeia dois anos depois.
Durante o julgamento ele dispensou ajuda do advogado, se encarregando sozinho de sua defesa judicial. Mas foi condenado em 1925, com a pena reduzida, pelo presidente Calvin Cooligde, em troca de sua deportação para a Jamaica. Esse evento acaba abalando sua reputação, e da UNIA, mas permanece em militância até sua morte em 1940, em Londres, de pneumonia, após dois derrames. Seu corpo é embalsamado e enterrado no cemitério Kendal Green.
Somente em 1964 teve sue trabalho reconhecido na Jamaica, nomeado herói nacional, e seu corpo transladado e colocado no National Heroes Park. Desde 1980 é figura reconhecida na sala de heróis da Organização dos Estados Americanos. Hoje existem nos Estados Unidos e na Jamaica, prédios, faculdades e até ruas com seu nome.
Prevendo o destino da luta negra após sua morte, Garvey disse “eu sou só o precursor de uma África acordada que deve nunca mais voltar a dormir”.
Marco Antonio dos Santos, 35, militante negro, membro do Conselho Estadual de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra de São Paulo.
http://marconegro.blogspot.com.br/2005/06/marcus-mosiah-garvey,html?
16 – Dia Internacional de Solidariedade à Luta do Povo da África do Sul, instituído pela ONU, dado ao levante de Soweto, em 1976, quando estudantes foram massacrados por manifestarem-se contra a obrigação da língua africânder.
21 – Nasce, em 1930, Luiz Gama, jornalista, poeta e um dos gigantes da causa abolicionista, filho da africana nagô Luiza Mahin. Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu no dia 21 de junho de 1830, no estado da Bahia. Era filho de um fidalgo português e de Luiza Mahin, negra livre que participou de diversas insurreições de escravos.
Em 1840 foi vendido como escravo pelo pai para pagar uma dívida de jogo. Transportado para o Rio de Janeiro, foi comprado pelo alferes Antônio Pereira Cardoso e passou por diversas cidades de São Paulo até ser levado ao município de Lorena.
Em 1847, quando tinha dezessete anos, Luiz Gama foi alfabetizado pelo estudante Antônio Rodrigues de Araújo, que havia se hospedado na fazenda de Antônio Pereira Cardoso. Aos dezoito anos fugiu para São Paulo.
Em 1848 alistou-se na Força Pública da Província ou Corpo de Força da Linha de São Paulo, entidade na qual se graduou cabo e permaneceu até o ano de 1854 quando deu baixa por um incidente que ele classificou como “suposta insubordinação”, já que apenas se limitara a responder insulto de um oficial.
Em 1850 casou-se e tentou frequentar o Curso de Direito do Largo do São Francisco – hoje denominada Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Por ser negro, enfrentou a hostilidade de professores e alunos, mas persistiu como ouvinte das aulas. Não concluiu o curso, mas o conhecimento adquirido permitiu que atuasse na defesa jurídica de negros escravos
Na década de 1860 destacou-se como jornalista e colaborador de diversos periódicos progressistas. Projetou-se na literatura em função de seus poemas, nos quais satirizava a aristocracia e os poderosos de seu tempo. Hoje, é reconhecido como um dos grandes representantes da segunda geração do romantismo brasileiro, mas na época enfrentou a oposição dos acadêmicos conservadores..
Luiz Gama foi um dos maiores líderes abolicionistas do Brasil. Sempre esteve engajado nos movimentos contra a escravidão e a favor da liberdade dos negros. Em 1869, fundou com Rui Barbosa o Jornal Radical Paulistano. Em 1880 foi líder da Mocidade Abolicionista e Republicana. Devido a sua luta a favor da libertação dos escravos era hostilizado pelo Partido Conservador e chegou a ser demitido do cargo de amanuense por motivos políticos.
Nos Tribunais, usando de sua oratória impecável e seus conhecimentos jurídicos, conseguiu libertar mais de 500 escravos, algumas estimativas falam em 1000 escravos. As causas eram diversas, muitas envolviam negros que podiam pagar cartas de alforria, mas eram impedidos pelos seus senhores de serem libertos, ou que haviam entrado no território nacional após a proibição do tráfico negreiro em 1850. Luiz Gama também ganhou notoriedade por defender que ao matar seu senhor, o escravo agia em legítima defesa.
Faleceu em 24 de agosto de 1882 e foi sepultado no Cemitério da Consolação, na presença de 3.000 pessoas numa São Paulo de 40.000 habitantes. O poeta Raul Pompéia (1863-1895) imortalizou Luiz Gama e seus feitos escrevendo na ocasião:
"(...) não sei que grandeza admirava naquele advogado, a receber constantemente em casa um mundo de gente faminta de liberdade, uns escravos humildes, esfarrapados, implorando libertação, como quem pede esmola; outros mostrando as mãos inflamadas e sangrentas das pancadas que lhes dera um bárbaro senhor; outros... inúmeros. E Luís Gama os recebia a todos com a sua aspereza afável e atraente; e a todos satisfazia, praticando as mais angélicas ações, por entre uma saraivada de grossas pilhérias de velho sargento. Toda essa clientela miserável saía satisfeita, levando este uma consolação, aquele uma promessa, outro a liberdade, alguns um conselho fortificante. E Luís Gama fazia tudo: libertava, consolava, dava conselhos, demandava, sacrificava-se, lutava, exauria-se no próprio ardor, como uma candeia iluminando a custa da própria vida as trevas do desespero daquele povo de infelizes, sem auferir uma sobra de lucro...E, por essa filosofia, empenhava-se de corpo e alma, fazia-se matar pelo bom...Pobre, muito pobre, deixava para os outros tudo o que lhe vinha das mãos de algum cliente mais abastado."
Fonte: http://institutoluizgama.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=section&layout=blog&id=6&Itemid=41
21 – Nasce Machado de Assis, o maior romancista brasileiro, fundador da Academia Brasileira de Letras. Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, então capital do Império, em pleno Período Regencial. Seus pais foram Francisco José de Assis, um mulato que pintava paredes, filho de escravos alforriados e Maria Leopoldina da Câmara Machado, lavadeira portuguesa dos Açores. Ambos eram agregados da Dona Maria José de Mendonça Barrozo Pereira, esposa do falecido senador Bento Barroso Pereira, que abrigou seus pais e os permitiu morar junto com ela. As terras do Livramento eram ocupadas pela chácara da família de Maria José e já em 1818 o terreno começou a ser loteado de tão imenso que era, dando origem à Rua Nova do Livramento. Maria José tornou-se madrinha do bebê e Joaquim Alberto de Sousa da Silveira, seu cunhado, tornou-se o padrinho, de modo que os pais de Machado resolveram homenagear os dois nomeando-o com seus nomes. Nascera junto a ele uma irmã, que morreu jovem, aos 4 anos, em 1845. Iniciou seus estudos numa escola pública da região, mas não se mostrou interessado por ela. Ocupava-se também em celebrar missas, o que lhe fez conhecer o Padre Silveira Sarmento, que, segundo certos biógrafos, se tornou seu mentor de latim e amigo.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis
24 – Nasce, em 1890, João Cândido, o “Almirante Negro”, líder da Revolta da Chibata. Por Ana Paula de Araújo
João Cândido Felisberto nasceu no Rio Grande do Sul, no dia 24 de Junho de 1880. Seus pais eram escravos, ele desde pequeno costumava acompanhar seu pai quando este viajava conduzindo o gado.
João Cândido começou sua participação política cedo, aos 13 anos apenas, quando lutou a serviço do governo na Revolução Federalista do Rio Grande do Sul, no ano de 1893. Com 14 anos se alistou no Arsenal de Guerra do Exército e com 15 entrou para a Escola de Aprendizes Marinheiros de Porto Alegre. Cinco anos depois foi promovido a marinheiro de primeira classe e com 21 anos, em 1903, foi promovido a cabo de esquadra, tendo sido depois novamente rebaixado a marinheiro de primeira classe por ter introduzido no navio um jogo de baralho. Serviu na Marinha do Brasil por 15 anos, tempo durante o qual viajou por este e outros países.
Participou e comandou a Revolta dos Marinheiros do Rio de Janeiro (Revolta da Chibata) no ano de 1910, movimento que trouxe benefícios aos marinheiros, com o fim dos castigos corporais na Marinha, mas que trouxe prejuízos a João Cândido, que foi expulso e renegado, vindo a trabalhar como timoneiro e carregador em algumas embarcações particulares, sendo depois demitido definitivamente de todos os serviços da Marinha por intervenção de alguns oficiais.
No ano de 1917, ano em que sua primeira esposa faleceu, começou a trabalhar como pescador para sustentar a família, vivendo na miséria até os seus últimos dias de vida. Casou-se novamente, mas sua segunda esposa cometeu suicídio no ano de 1928. Dez anos depois a tragédia voltaria a acontecer, mas desta vez com uma de suas filhas. Ao todo foram três casamentos, tendo o último durado até o fim de sua vida, dia 06 de Dezembro de 1969.
Atuou na política durante toda a sua vida. Durante o governo de Vargas teve contato com o líder da Ação Integralista Brasileira (AIB) e com o Partido Comunista, chegou a ser preso por suspeita de relacionamento com os integrantes da Aliança Liberal e até o fim da sua vida continuou sendo “vigiado” pelas autoridades, sendo acusado de subversivo.
O “Almirante Negro”, como João Cândido ficou conhecido, morreu aos 89 anos e teve ao todo 11 filhos ao longo dos três casamentos. Faleceu na cidade de São João do Meriti, no Rio de Janeiro.
Fonte: http://www.infoescola.com/biografias/joao-candido/
25 – Independência de Moçambique, em 1975.
25 – Fundação da Frente de Libertação de Moçambique, (FRELIMO), e 1962.
26 – Independência da Somália, em 1960.
26 – Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura, instituído pela ONU, em 26 de junho. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas em 1997, sendo realizada no mesmo dia em que foi assinada a Convenção contra a Tortura, criada em 26 de junho de 1987, por parte dos Estados-membros da Organização.
O objetivo da data é, além de apoiar as vítimas dessa repulsiva prática, combater a execução de atos de tortura por parte dos órgãos repressivos dos Estados. Segundo Ban Ki-moon, Secretário-Geral da ONU, em seu discurso referente à data em 2012, “todos os dias, mulheres, homens e crianças são torturadas ou maltratadas com a intenção de destruir sua dignidade e seu sentimento de valor humano. Em alguns casos, isto faz parte de uma política de Estado para fomentar o medo e intimidar a população”.
Nesse sentido, uma das principais ações com a instituição dessa data é criar condições de amparo solidário, material e psicológico às vitimas de torturas e maus-tratos, principalmente através de apelos para que os Estados se prontifiquem a atuar para a erradicação dessa prática.
Apesar de ser combatida, a tortura é praticada em diversos países, inclusive, em alguns casos, ela é aplicada sistematicamente como política repressiva e de investigação. No caso específico da América do Sul, ela foi adotada por todos os regimes comandados por militares durante o século XX.
Um dos principais difusores dessas práticas foram as Forças Armadas Brasileiras, que ensinaram diversas técnicas de tortura às demais forças militares estatais da América do Sul, com o objetivo de exterminar as forças políticas opositoras a esses regimes. Atualmente, a tortura ainda é uma medida de obtenção de confissões comumente adotada em delegacias e batalhões militares, evidenciando que essa prática ainda não está extinta no país.
Frente a todas essas situações, a lembrança e o combate que estão revestidos na proclamação do Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura ainda se fazem necessários, até que práticas que ataquem a integridade física e a dignidade psicológica das pessoas não se façam mais presentes.
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-internacional-apoio-as-vitimas-tortura.htm
26 – Morre Tobias Barreto, na cidade de Recife, em 1889. Tobias Barreto (1839-1889) foi filósofo, escritor e jurista brasileiro. Foi o líder do movimento intelectual, poético, crítico, filosófico e jurídico, conhecido como Escola do Recife, que agitou a Faculdade de Direito do Recife. Patrono da cadeira nº 38 da Academia Brasileira de Letras.
Tobias Barreto (1839-1889) nasceu na Vila de Campos do Rio Real, hoje Tobias Barreto, no estado de Sergipe, no dia 7 de junho de 1839. Filho de Pedro Barreto de Menezes e de Emerenciana Barreto de Menezes. Iniciou os estudos em sua cidade natal. Em 1861 mudou-se para a Bahia, ingressou no seminário, não se adaptou, passou só uma noite. Mudou-se para uma república de amigos em Salvador. Estudou filosofia e matérias preparatórias. Quando o dinheiro acabou, voltou para Vila de Campos.
Viveu alguns anos lecionando Latim em Itabaiana, Sergipe. Em 1863 mudou-se para o Recife, com o objetivo de ingressar na Faculdade de Direito. O ambiente na cidade era muito intelectualizado e dominado pelos estudantes do curso jurídico. Entre os alunos estavam Rui Barbosa, Joaquim Nabuco e Castro Alves, que se tornou seu amigo.
Se submeteu ao concurso para ensinar Latim no Ginásio Pernambucano, ficando em segundo lugar. Em 1867 concorreu para a vaga de professor de Filosofia no mesmo Ginásio, é classificado mas não é escolhido.
Tobias Barreto procurava esquecer sua origem humilde, mas se achava descriminado pela cor da pele. Tentou casar com Leocádia Cavalcanti, mas não foi aceito pela família aristocrática da moça. Apaixonou-se por Adelaide do Amaral, artista portuguesa e casada. Declamava versos cheios de amor e mantinha duelos poéticos com Castro Alves.
Casou-se com a filha de um dono de engenho e proprietário de terras da cidade de Escada. Depois de formado, passou dez anos morando na pequena cidade pernambucana, na zona açucareira. Dedicou-se à advocacia. Foi eleito para a assembleia Provincial de Escada. Mantinha um jornal, no qual imprimiu vários livros.
A sua contribuição filosófica e científica foi de grande importância, uma vez que contestou as linhas gerais do pensamento jurídico dominante e tentou fazer um entrosamento entre a filosofia e o direito, propagando os estudos de Darwin e de Haeckel.
Apesar de ter vivido até as vésperas da República, não se envolveu nos movimentos republicanos. Voltou para o Recife, onde passou a lecionar na Faculdade de Direito. Hoje a Faculdade é consagrada como "A Casa de Tobias".
Tobias Barreto de Meneses morreu no Recife, Pernambuco, no dia 26 de junho de 1889.
Fonte: https://www.ebiografia.com/tobias_barreto/
28 – Dia Mundial do Orgulho Gay
Rebelião de Stonewall foi uma série de violentas manifestações espontâneas de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia, que aconteceu nas primeiras horas da manhã de 28 de junho de 1969, no Stonewall Inn, localizado no bairro Greenwich Village de Manhattan, Nova York, Estados Unidos. Os motins são amplamente considerados como o evento mais importante que levou ao movimento moderno de libertação gay e à luta pelos direitos LGBT no país.
Os homossexuais estadunidenses das décadas de 1950 e 1960 enfrentavam um sistema jurídico anti-homossexuais. Os primeiros grupos homófilos do país tentavam provar que os gays poderiam ser assimilados pela sociedade e que apoiavam um sistema educacional não-confrontacional para homossexuais e heterossexuais igualmente. Os últimos anos da década de 1960, no entanto, foram muito controversos, visto que muitos movimentos sociais estavam ativos ao mesmo tempo, como o movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, a contracultura dos anos 1960 e as manifestações contra a guerra do Vietnã. Estas influências, juntamente com o meio ambiente liberal da região de Greenwich Village, serviram como catalisadores para as revoltas de Stonewall.
Muito poucos estabelecimentos recebiam pessoas abertamente homossexuais nos anos 1950 e 1960. Aqueles que faziam isto eram frequentemente bares, embora os donos e gerentes raramente fossem gays. Na época, o Stonewall Inn era propriedade do grupo mafioso Cosa Nostra Americana. Ele recebia uma grande variedade de clientes e era conhecido por ser popular entre as pessoas mais pobres e marginalizados da comunidade gay: drag queens, transgêneros, homens efeminados jovens, lésbicas masculinizadas, prostitutos e jovens sem-teto. As batidas policiais em bares gays eram rotina na década de 1960, mas os oficiais rapidamente perderam o controle da situação no Stonewall Inn. Eles atraíram uma multidão que foi incitada à revolta. As tensões entre a polícia de Nova York e os residentes homossexuais de Greenwich Village irromperam em mais protestos na noite seguinte e, novamente, em várias noites posteriores. Dentro de semanas, os moradores do bairro rapidamente organizaram grupos de ativistas para concentrar esforços no estabelecimento de lugares que gays e lésbicas pudessem frequentar sem medo de serem presos.
Depois dos motins de Stonewall, gays e lésbicas em Nova York ainda enfrentaram obstáculos geracionais e de gênero, raça e classe social para se tornar uma comunidade coesa. Dentro de seis meses, duas organizações ativistas gays foram formadas em Nova York, concentrando-se em táticas de confronto, e três jornais foram estabelecidos para promover os direitos para gays e lésbicas. Dentro de alguns anos, várias organizações de direitos gays foram fundadas em todos os Estados Unidos e no resto do mundo. Em 28 de junho de 1970, as primeiras marchas do orgulho gay aconteceram em Nova York, Los Angeles, São Francisco e Chicago, em comemoração ao aniversário dos motins. Marchas semelhantes foram organizadas em outras cidades. Hoje, os eventos do orgulho LGBT são realizados anualmente em todo o mundo, geralmente no final de junho, para marcar as revoltas de Stonewall.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rebeli%C3%A3o_de_Stonewall
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