domingo, 19 de outubro de 2014

Enquanto as pesquisas atrasam, a doença avança

OUTUBRO ROSA 15/10/2014 Zero Hora Sua vida | Pág. 31 Clipado em 15/10/2014 03:10:01 Aproveitando o mês de conscientização sobre o câncer de mama, o Outubro Rosa, pesquisadores do Brest International Group (BIG) se reuniram com investigadores de grupos latino-americanos em Porto Alegre, ao longo dos últimos dias, para discutir preocupante situação que a America Latina têm enfrentado. Ao passo que aumentam os casos de câncer no território, as pesquisas clínicas – estudos para investigar os efeitos clínicos e farmacológicos de uma droga – não avançam na mesma proporção. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 60% dos novos casos de câncer no mundo ocorrem na África, na Ásia, na América do Sul e na América Central. São nessas regiões, também, que as taxas de mortalidade têm aumentado em decorrência da doença. Conforme Martine Piccart-Gebhart, cofundadora do BIG, pesquisas clínicas são fundamentais para o desenvolvimento de novos tratamentos. Mas barreiras burocráticas atrasam o início das investigações. No Brasil, o caso é mais grave: – Somente em 2013, cerca de cem delas deixaram de ser feitas. Mais de 3 mil pessoas poderiam ter se beneficiado desses estudos – alertou Carlos Barrios, diretor-executivo da American Cooperative Oncology Group Latin (Lacog). Entre os fatores responsáveis, o especialista aponta a demora nas liberações a serem concedidas pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): – Enquanto nos EUA a média de espera para a aprovação de um novo estudo é de dois a três meses, no Brasil pode levar mais de um ano – explicou.

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