terça-feira, 21 de outubro de 2014

Outubro (nem tão) Rosa

Nós mulheres negras não somente no mês de outubro, mas durante todo ano devemos tomar cuidado, fazer o auto-exame todos os meses e principalmente procurar o médico, fazer mamografia, para a detecção precoce do Câncer de Mama. No Brasil, os casos dessa patologia vêm diminuindo, porém, lamentavelmente na nossa etnia são ainda muitos os casos de morte por esse mal. O motivo principal é que a s mulheres negras em sua maioria tem dificuldade de acesso aos meios de saúde oferecidos pelo Estado, devido à situação de pobreza, desinformação, analfabetismo e outros. Por isso estamos ainda morrendo mais que as mulheres não negras. de Câncer de Mama. Vamos nesse mês iniciar essa conscientização, para quem ainda não fez seu exame. É dever das mulheres do MNU estarem levando às periferias, local onde se encontra a população negra, esse conhecimento. Espero que gostem desse artigo do Dr. Stefen, que achei muito adequado. Bom outubro para todas nós. Maria Geneci Silveira 18/10/2014 Diário Popular Opinião | Pág. 5 Clipado em 20/10/2014 12:10:52 Outubro (nem tão) Rosa Stephen Stefani, médico oncologista do Instituto cio Câncer Mãe de Deus O movimento internacional Outubro Rosa é uma iniciativa para sensibilizar as pessoas sobre o câncer de mama, doença que atinge mais de 50 mil mulheres no Brasil por ano! Desde 1990, quando um laço rosa foi distribuído pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, durante a primeira Corrida pela Cura, em New York, entidades começaram a fomentar ações voltadas à conscientização do diagnóstico precoce, denominando o Outubro Rosa. Iluminar de rosa monumentos, prédios e pontos conhecidos, com uma leitura visual replicável em qualquer lugar, é uma forma de ampliar a abrangência da mensagem. O sucessos médicos atuais agregam coragem às mulheres afetadas pela doença. Temos, entretanto, uma realidade local menos atraente. Ao mesmo tempo que comemoramos avanços científicos com entusiasmo, lamentamos a trava do sistema. Menos de 20% das mulheres têm acesso a uma mamografia de qualidade adequada e, ainda menos, ao médico especializado no manejo de lesões suspeitas. O prazo, previsto em lei, de 60 dias para atendimento de pacientes com câncer não é cumprido em grande parte do país, porque recursos que viabilizariam assistência ágil não foram contemplados. Preços das novas tecnologias são elevados e não há sinal de que venham a ficar menos caros e a porcentagem do PIB alocado para saúde pública é metade do que se espera. Vários medicamentos efetivos seguem privilégio da pequena parcela da população que chega a hospitais de ponta. Algumas incorporações de remédios no SUS levaram sete anos depois de já disponíveis em outros países e no sistema privado para serem assimiladas. A triste matemática nos faz estimar em milhares os anos de vida subtraídos. Ainda mais assustador é que pouco se faz para modificar este cenário. Reunir os atores desta peça e estabelecer metas e planos transparentes é fundamental. De qualquer forma, a popularidade do Outubro Rosa alcançou o mundo de forma elegante, unindo em torno de causa nobre. Isso faz que a iluminação em rosa assuma papel importante, lembrando a todos o desafio que o país e, especialmente, milhares de mulheres e famílias enfrentam

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